O empate do FC Porto B em Vizela na estreia do regressado António Folha ao banco da equipa secundária do clube parecia dar um novo alento aos dragões para deixarem o último lugar da Segunda Liga mas, na estreia em casa, este domingo com a Oliveirense, os azuis e brancos voltaram a perder (1-2) e de novo com muitas críticas à arbitragem, neste caso de João Bento, da Associação de Futebol de Santarém. E com outro Folha no centro da discussão.

Francisco, só ele, merecia que as lágrimas de alegria não tivessem sido em vão (a crónica do FC Porto-Boavista)

À semelhança do que aconteceu na véspera com Sérgio Conceição, que lançou o filho Francisco no jogo frente ao Boavista (com resultados práticos, ainda que sem chegar à vitória), também António Folha apostou no filho Bernardo para o meio-campo, na tentativa de chegar à vitória quando o encontro estava ainda empatado e logo num encontro que marcava a estreia do médio em jogos das competições profissionais aos 18 anos. Todavia, e apenas nove minutos depois, o internacional Sub-18 foi expulso com vermelho direto no seguimento de um lance na área da Oliveirense onde os dragões tinham pedido grande penalidade e após uma falta que mereceu muitas críticas por parte dos responsáveis azuis e brancos, sobretudo no banco de suplentes.

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Logo após o apito final, Romário Baró, um dos elementos da equipa principal que desceram ao conjunto B a par de Cláudio Ramos e Toni Martínez (que marcou), foi pedir satisfações ao árbitro João Benta, tal como António Folha, que esteve mais tempo à conversa com a equipa de arbitragem. Rodrigo Conceição, também ele filho de Sérgio Conceição que foi também titular, era um dos elementos mais cabisbaixos na saída para os balneários.

“Isto não é fácil… Os treinadores têm de vir aqui sempre e depois anda aí tanta gente escondida… Mas pronto, é a vida, somos nós que perdemos que temos de vir aqui com os jogadores frustrados e é difícil falar… Sobre o jogo, foi uma entrada muito boa do FC Porto, com muita personalidade e a manter as dinâmicas que trabalhamos durante a semana para de facto poder levar o jogo de acordo com o que queríamos. Assim foi, conseguimos marcar um golo, podíamos ter feito mais um ou outro e na primeira vez que o adversário foi à nossa baliza fez um golo. É futebol, temos de reagir e aí senti que a equipa ficou algo intranquila. Na segunda parte tentámos ajustar, tentámos fazer com que viessem mais para cima, foram ao que pretendíamos à procura do golo. Até determinada altura conseguimos, depois a partir de determinada altura não, foi mais difícil”, comentou o técnico António Folha no final da partida, em declarações na zona de entrevistas rápidas do Porto Canal, que transmitiu o jogo.

“Com menos um é muito difícil e o ânimo destes miúdos fica em baixo, até mais com o coração do que com a cabeça fomos tentando, Lutámos até ao fim, com o que está ao nosso alcance. Os jogadores têm memória, sabem o que têm acontecido, depois da expulsão fica mais difícil. A equipa é jovem e sabe o que tem acontecido, começa a duvidar, começa a não ter confiança, começa a não acreditar. Ter de fazer crescer estes jovens para um clube e para as seleções é muito difícil. Temos de trabalhar muito, por todos os aspetos…”, completou Folha.

“Foi um resultado injusto, na segunda parte tivemos muitas oportunidades. As coisas que estão a acontecer não podem acontecer, é injusto, estão a brincar com o trabalho dos jogadores, do treinador e do staff mas não vamos cair nisso e os resultados vão aparecer. A expulsão foi um golpe duro, que só o árbitro percebeu porque nenhum de nós percebeu. Eles têm de saber que nos estão a prejudicar muito mas vamos ter de continuar a trabalhar porque ainda falta muito”, salientou também na flash interview o capitão portista, Pedro Justiniano.

Em atualização