O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, garantiu que, apesar de alguns atrasos na requalificação do Itinerário Principal (IP) 3, entre Viseu e Coimbra, “não há nenhuma razão” para que a obra não fique concluída em 2024, como previsto.

O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques (PSD), tem criticado o atraso na empreitada de requalificação do troço do IP3 entre os nós de Penacova e a ponte da Foz do Dão, iniciada em maio de 2019 e que tinha um prazo de execução de 330 dias.

Não estou a ver que quem teve um ano de atraso na execução de 20 quilómetros, depois, nos restantes 60 quilómetros, venha a conseguir cumprir todos os prazos“, disse o autarca aos jornalistas, na quinta-feira, lembrando que o prazo que o Governo acordou com as autarquias para a conclusão da obra foi o final do primeiro semestre de 2024.

Durante uma cerimónia ‘online’ de homologação do acordo de colaboração no âmbito do “1.º Direito” para o município de Viseu, Pedro Nuno Santos disse que esta obra é uma prioridade do Governo.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Por mais zangado que às vezes o senhor presidente esteja, fique certo de que este Governo fará aquilo que nenhum Governo antes deste fez”, frisou.

Segundo Pedro Nuno Santos, “é muito desafiante fazer obras numa estrada que não é encerrada na sua totalidade”, tentando perturbar “o mínimo possível a circulação das pessoas que usam essa via estruturante”.

Haverá atrasos, com certeza. Lutamos todos os dias para que eles não aconteçam, mas há”, admitiu o ministro, acrescentando que “o prazo é 2024 e não há nenhuma razão para que não seja cumprido”.

O governante lembrou que, logo que tomou posse, reuniu com os autarcas da região “para clarificar, de uma vez por todas, os timings” da requalificação do IP3.

Os ‘timings’ que estavam previamente anunciados eram, na minha opinião, irrealistas. Foi logo no início do meu mandato enquanto ministro das Infraestruturas que tratei de estabilizar prazos para o IP3″, frisou.

Segundo Pedro Nuno Santos, “este troço central foi uma opção feita na altura para que não se atrasasse mais”, mas está convencido de que, depois da duplicação do resto do IP3, se voltará a falar dele.