A Benfica SAD apresentou um resultado positivo de 8,2 milhões de euros no primeiro semestre do exercício 20/21, naquele que foi o sétimo ano consecutivo a dar lucro. De acordo com a comunicação enviada esta sexta-feira pelos encarnados à CMVM, a sociedade conseguiu manter o resultado operacional em terreno positivo e conseguiu ter um total de rendimentos de 134,9 milhões de euros, naquele que é o seu segundo melhor resultado de sempre nos seis meses iniciais da temporada. No entanto, o impacto da pandemia também se fez sentir: apesar do aumento do ativo, também o passivo aumentou 30,4% e a dívida líquida, mesmo sendo o segundo mais baixo da última década no histórico de resultados das águias, subiu 25%, fixando-se agora nos 116 milhões de euros.

“A Sport Lisboa e Benfica – Futebol SAD apresentou hoje [sexta-feira] os resultados referentes ao primeiro semestre do exercício de 2020/21 onde se sentem os impactos associados à pandemia e da não presença na fase de grupos da Liga dos Campeões.  Apesar disso, destaque para o facto de a sociedade ter apresentado um resultado líquido positivo de 8,2 milhões de euros, correspondendo ao sétimo ano consecutivo em que apresenta lucro nos primeiros seis meses de atividade. O resultado operacional também se manteve em terreno positivo ascendendo a 12,8 milhões de euros, no qual muito contribuiu a mais-valia significativa da transferência de Rúben Dias para o Manchester City”, explica o comunicado com as linhas gerais das contas do primeiro semestre.

Em termos de valores globais, e apesar do lucro, o Benfica teve um resultado operacional de 12,8 milhões, naquele que é um decréscimo de 89% em relação ao período homólogo, e passou em termos de rendimentos totais de 244,3 para 134,9 milhões, uma quebra de 44,8% em comparação com 2019/20 (ainda sem pandemia) que resultou ainda assim no segundo melhor semestre de sempre da sociedade. O ativo teve uma subida de mais de 107 milhões, que significa um acréscimo de 22%, mas o passivo aumentou de 325,9 para 425 milhões (mais 30,4%), assim como a dívida líquida, mesmo tendo o segundo valor mais baixo, subiu de 92,8% para 116 milhões (mais 25%). Em termos globais, os capitais próprios saíram reforçados em 5,1%, num total de 169,4 milhões de euros.

“A inexistência de receitas de bilheteira e redução dos rendimentos com prémios distribuídos pela UEFA refletiram-se no decréscimo em 47,5% dos rendimentos operacionais, face ao período homólogo, atingindo os 53,5 milhões de euros. Os rendimentos com transações de direitos de atletas correspondem a 77,5 milhões de euros e o resultado com transações de direitos de atletas ascendem a 69,7 milhões de euros, estando ambos significativamente influenciados pela transferência do jogador Rúben Dias para o Manchester City. Os rendimentos totais no semestre ascendem a 134,9 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 44,8% face ao período homólogo, mas que correspondem ao segundo melhor semestre de sempre em termos de rendimentos totais obtidos pela sociedade”, explicam os encarnados na missiva enviada à CMVM.

“O ativo no final de 2020 ascendeu a um valor de 594,4 milhões de euros, um aumento de 22% face ao final do exercício anterior, sendo esta variação principalmente explicada pelos investimentos realizados na equipa principal de futebol, com impacto na rubrica de ativos intangíveis – plantel de futebol, e pelos aumentos ocorridos nas rubricas de caixa e equivalentes de caixa e de clientes e outros devedores. O investimento no plantel juntamente com o aumento das rubricas de fornecedores e outros credores, na sequência da emissão de um novo empréstimo obrigacionista, contribuíram para um aumento do passivo em 30,4% face ao final do ano transato, atingido os 425 milhões de euros”, acrescenta, a propósito das variações face aos valores registado em 19/20.

“A dívida líquida a 31 de dezembro de 2020 ascendeu a um montante de 116 milhões de euros, o que, apesar de representar um aumento de 23,2 milhões de euros face ao final do exercício transato, corresponde ao segundo valor mais baixo na última década apresentado pela Sociedade. O resultado líquido positivo do semestre em análise refletiu-se numa melhoria de 5,1% do capital próprio face a 30 de junho de 2020, fixando-se nos 169,4 milhões de euros. Esta recuperação do capital próprio da Benfica SAD iniciou-se no exercício findo a 30 de junho de 2013, tendo até à data ocorrido uma evolução positiva que, em termos acumulados, ascende a 193,2 milhões de euros”, conclui o comunicado da Benfica SAD que resume os factos mais relevantes do primeiro semestre.

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