Negócios tradicionais que tiveram de se reinventar. Hobbies que se transformaram em trabalhos part-time. Part-times que se tornaram em trabalhos a tempo inteiro. No decorrer dos últimos meses, assistimos a tudo isto. Há uns anos, Portugal anunciou a criação do balcão Empresa na Hora — do Instituto de Registos e Notariado — e simplificou, em muito, o processo de abertura de uma empresa. Mas… e antes de ser oficial? O que é preciso fazer antes de avançarmos para a criação de uma empresa? Explicamos-lhe os passos para saber se a sua ideia é rentável, e quais os riscos a ponderar.

No princípio, a ideia

Para começar um negócio, este é o princípio de tudo — uma ideia. Vamos assumir que já a tem. Caso ainda não a tenha, é uma questão de pensar — o que é que sabe fazer que alguém estaria disposto a pagar por isso? O seu hobby é rentável? Consegue fazer o seu trabalho atual de forma mais rápida e eficiente — e, por conseguinte, mais rentável para quem o contratar — se abrir a sua própria empresa?

Daqui para a frente, vamos partir do princípio que já chegou à ideia que quer validar. Há três aspetos que pode conferir para lhe dar mais confiança para avançar: o mercado, o produto e a experiência. Confuso? Vamos por partes.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

  1. O mercado: é uma das etapas mais importantes. Analisar o mercado onde se insere e quem é a sua concorrência. A escala vai depender do negócio que quer criar. Por exemplo, o seu negócio é de entrega de bolos na zona de Leiria? Vai ter de investigar as empresas que fazem o mesmo serviço nessa área. Isto vai dar-lhe a ideia do que o mercado oferece neste momento (por exemplo, haverá um espaço para uma empresa de fabrico de bolos sem glúten?) e como os seus concorrentes se posicionam em termos de preço.
  2. O produto: Comparar o seu produto com o da concorrência é essencial. Se for um produto físico, pode comprar um da concorrência e compará-lo com o que seria o seu produto. Se, por outro lado, for um serviço, pode fazer um questionário online e pedir que amigos que usem os mesmos serviços o preencham. Em ambos os casos, é importante ser o mais imparcial possível — se a comparação puder ser “cega” (os seus amigos não saberem que produto é o seu ou que respostas gostaria de ter), melhor. A tentação de validar a nossa ideia é grande, mas irá arrepender-se mais tarde se a sua fase de pesquisa for tendenciosa.
  3. A experiência: Nem só da qualidade do produto ou serviço é feito um negócio. A experiência é também um campo decisivo. Os seus principais competidores não cumprem os tempos de entrega definidos? Ou não têm entregas grátis e os clientes queixam-se disso? Para avaliar a experiência de uma empresa, pode ver as avaliações que os clientes fazem da mesma. Quase todas as plataformas digitais — Google, Facebook, Instagram — têm ferramentas para os clientes deixarem a sua opinião. Ao mesmo tempo, pode também pôr-se nos pés de um possível cliente e interagir com os seus competidores, para ver como trabalham. Qual a melhor forma de estudar um negócio a não ser falar diretamente com ele?

A seguir, o plano

O plano de negócio é essencial para perceber se a sua ideia é rentável ou não. Há vários fatores que vão definir isso mesmo. Que grau de envolvimento tenciona ter no seu negócio? Ser dono e ter alguém a trabalhar, ter o negócio como part-time ou deixar o seu trabalho atual e criar um full-time? Depois: que tipo de negócio vai ter? Se quiser uma localização física vai ter de ponderar a renda, sendo que se tiver um negócio puramente digital vai ter de considerar se vai precisar de ajuda ou não para o criar e manter.

O próximo passo: como os clientes o vão encontrar — marketing. Vai precisar de uma identidade de marca (um logótipo, uma imagem, conteúdos nas redes digitais), pela qual em princípio precisará pelo menos da ajuda de um designer. Esses são custos iniciais que devem entrar no seu plano de negócio. Depois, o investimento em publicidade ou meios pagos. As redes sociais são modelos de negócio em que é muito difícil aparecer sem pagar por isso. Tem conhecimento para gerir essa parte do negócio? Vai precisar de ajuda ou talvez um curso que o ensine? São mais custos a ter em conta.

Outro grande ponto na criação de um negócio é saber celebrar as vitórias. Para isso, deve definir objetivos, que são a única forma de atestar o sucesso da sua ideia. Foque-se em objetivos realistas. Muitos empreendedores estão constantemente desmotivados por eles próprios terem criado objetivos irrealistas, que os levam a um sentimento de insucesso, quando, na verdade, o negócio está a crescer a um ritmo positivo.

Por fim, o financiamento

Depois de todo este processo, já deverá ser capaz de perceber no que terá de investir, onde precisará de ajuda (e terá custos com isso) e qual a rentabilidade que prevê nos meses que se seguem à abertura. Nisto, podem colocar-se diversas questões. Ou precisa de capacidade de investimento inicial para estabelecer o seu negócio (como escritório ou material informático) ou, dependendo do seu negócio, poderá mesmo ter de investir primeiro para depois conseguir vender – modelos de negócio que trabalhem com stocks, por exemplo. Para garantir que a sua ideia não fica pelo caminho, o Banco Credibom tem uma linha de Crédito Pessoal dos 5.000€ aos 75.000€, sem comissões de abertura e com flexibilidade na escolha da data do débito da prestação — ideal para negócios por mensalidade, por exemplo, porque quererá pagar depois de receber as mensalidades dos seus clientes. Se a sua ideia tiver crédito, o seu negócio também terá.

Saiba mais em
Coragem para Sonhar