O FC Porto foi contactado de forma informal por alguns dos fundadores da Superliga Europeia, no sentido de se perceber a possibilidade de ocupar uma das cinco vagas da prova que contaria na primeira edição com as 15 formações fundadoras e mais cinco de outras ligas. Também o Benfica estaria nessa lista de potenciais equipas a ocupar uma dessas cinco vagas em aberto, não tendo existido qualquer avanço nesse sentido.
“Primeiro, a União Europeia não permite que haja circuito fechado como há, por exemplo, na NBA. Em segundo, estando a nossa Federação Portuguesa de Futebol contra a prova e fazendo parte da UEFA, não podemos estar a participar numa coisa que é contra a União Europeia e as regras da UEFA. Se isso for para a frente, e tenho as minhas dúvidas, a UEFA não irá acabar e continuará a ter provas, as provas que são oficiais. Não estamos preocupados por estar ou não estar [na Superliga Europeia]. Estamos na Liga dos Campeões e esperamos continuar a estar por muitos anos”, comentou esta manhã Pinto da Costa, presidente dos dragões.
“Futebol europeu agitado? As agitações têm a importância que se lhes der, eu não estou nada agitado… Olhamos para os que estão do outro lado, como o Bayern, o PSG ou o Ajax. Se estamos na UEFA não podemos pensar que só por alguém sair temos de ir atrás”, acrescentou o líder dos azuis e brancos, uma das equipas que mais vezes marcaram presença na Liga dos Campeões a par de Real Madrid, Barcelona e Bayern.
Também o Sporting está contra a criação desta nova prova. “Com a informação recolhida até ao momento, esta Superliga vai contra todos os princípios democráticos e de mérito que devem imperar no futebol”, comentou Frederico Varandas ao jornal Record. Posição semelhante tem o Benfica, que através do CEO Domingos Soares Oliveira já tinha comentado essa possibilidade em novembro embora admitisse que um convite para entrar na Superliga Europeia seria difícil de recusar. “A minha opinião é contrária, mesmo que o Benfica fosse um dos clubes representados. Se acontecesse quase nem era preciso pensar mas preferia que não acontecesse. Ao contrário do que sucede nos EUA, na Europa os adeptos gostam de subidas e descidas e a meritocracia é aquilo que é reconhecido por todos. Se se olhar para a nossa história em termos de futebol europeu, a génese foi criada a nível nacional. As competições internacionais são muito importantes e claro que todos gostam de estar na Liga dos Campeões mas a nossa natureza reside nas nossas bases”, disse ao portal Off the Pitch.