Os trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) e das suas participadas vão voltar a estar em greve na última semana de junho e na primeira de julho, face à ausência de respostas do Governo e na administração.

“A plataforma de sindicatos com representatividade na empresa Infraestruturas de Portugal e nas suas participadas (IP Engenharia, IP Património e IP Telecom) […] reunida em 4 de junho, porque não foi contactada pelo Governo ou pela Administração da IP, vem comunicar que no seguimento da greve de dia 02 de junho dará continuidade à luta iniciada, entregará um novo aviso de greve”, indicaram, em comunicado, as estruturas sindicais.

Em causa, estão duas jornadas de luta — uma na última semana de junho e outra na primeira de julho, cujas datas serão comunicadas após a entrega do pré-aviso de greve.

Os trabalhadores da IP e das associadas reivindicam o aumento dos salários, contratação dos trabalhadores, cumprimento integral do clausulado no acordo coletivo de trabalho (ACT), atualização do valor do subsídio de refeição, integração do abono de irregularidade de horário com conceito de retribuição e a atribuição de concessões de viagem no operador de transportes CP a todos os trabalhadores da IP e participadas.

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Adicionalmente, reclamam a abrangência das deslocações e horas de viagem aos trabalhadores, o ajuste do subsídio de refeição nas ajudas de custo, a atribuição de isenção do horário de trabalho aos colaboradores cujo serviço justifique e a alteração das quotas na classificação de “bom” e “muito bom” para efeitos de promoção na carreira técnica.

Por outro lado, os trabalhadores apontam falta de produtos de limpeza e higiene e pedem melhores condições de segurança nas instalações sociais e locais de trabalho.

“Não basta termos um ministro que tutela o setor ferroviário [Pedro Nuno Santos] a afirmar a realização de investimentos na ferrovia, que se esquece dos trabalhadores das empresas do setor ferroviário”, sublinharam.

Os trabalhadores da IP cumpriram um dia de greve na passada quarta-feira, num dia em que circularam apenas 25% dos comboios, conforme estipulados pelos serviços mínimos.

A plataforma que representa os trabalhadores da IP e das suas participadas é constituída pela Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF) e pelos sindicatos Nacional dos Transportes Comunicações e Obras Públicas (FENTCOP), Nacional Democrático da Ferrovia (SINDEFER), Independente dos trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins (SINFA), Independente Nacional dos Ferroviários (SINFB), Independente dos Operacionais Ferroviários e Afins (SIOFA), Nacional de Quadros Técnicos (SNAQ) e dos Transportes Ferroviários (STF).