Depois de prever que seria a Bélgica a vencer o Euro 2020, antes de começar a competição, o modelo do banco de investimento Goldman Sachs aponta, agora, para uma vitória da Inglaterra (depois de a Bélgica ter sido eliminada na última sexta-feira).
“Provavelmente, [a taça] vai regressar a casa“, escrevem os analistas do Goldman Sachs que atualizaram o seu modelo sobre quem é que tem melhores probabilidades de ser campeão. “Regressar a casa” é uma referência a uma canção de 1996 (“Three Lions”) que tem sido entoada pelos fãs da seleção inglesa antecipando que o troféu volte para o país onde o futebol terá sido inventado como modalidade desportiva.
Com a Bélgica eliminada, a atualização do modelo atribuiu à seleção inglesa o favoritismo na competição. A Inglaterra enfrenta a Dinamarca na quarta-feira, na semi-final, com a outra semi-final a ser disputada entre Itália e Espanha (já na terça-feira).
Logo em maio, quando o Goldman avançou originalmente com a previsão de que a Bélgica era favorita, o banco de investimento explicou como é que tinha chegado a estas conclusões. “Começámos por modelar o número de golos marcados por cada equipa usando uma vasta base de dados criada a partir dos jogos oficiais desde 1980”, explica a nota difundida pelo Goldman Sachs, que salienta que “o número de golos marcados por cada equipa pode ser explicado 1) pela força da equipa (medida pelo ranking Elo); 2) os golos marcados e sofridos nos jogos mais recentes (para incluir o ímpeto recente de cada seleção); 3) a vantagem de jogar em casa (que vale 0,4 golos por jogo); e 4) o efeito de torneio, que sugere que alguns países têm uma tendência para ter prestações melhores do que o seu rating quando chegamos a torneios importantes como este”.
Assim, com todos estes inputs introduzidos no modelo, a primeiro previsão foi que seria “a Bélgica a vencer o Europeu, pela primeira vez na história desta seleção, batendo a Itália por uma margem escassa na final, marcada para 11 de julho”. Mas o Goldman Sachs antevia “uma corrida apertada entre Bélgica, Itália, Portugal e Espanha, que devem atingir pelo menos as meias-finais”.
A Inglaterra, curiosamente, não constava dessa lista inicial de grandes favoritos, mas é esta imprevisibilidade que “torna o futebol tão entusiasmante de ver”, diz o Goldman Sachs.