A greve parcial dos trabalhadores da Transtejo/Soflusa, empresas que asseguram a ligação fluvial entre Lisboa e a margem sul do Tejo, registou no período da manhã uma adesão de 72%, segundo dados da empresa.

Um balanço feito à Lusa por uma fonte da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS) e Sindicato dos Transportes Fluviais, cerca das 09h00, apontava para uma adesão ao nível da operacionalidade de 100% nas duas empresas. Em comunicado, a empresa refere que a greve registou uma adesão à greve, no período da manhã, de 72%, verificando-se uma adesão de 73% na Transtejo e de 69% na Soflusa.

A empresa adianta também que as carreiras de serviços mínimos, decretadas pelo Tribunal Arbitral do CES, para as ligações fluviais do Barreiro e de Cacilhas, foram cumpridas. No que diz respeito à procura registada, a empresa diz que a carreira Barreiro-Terreiro do Paço (05h05) transportou 395 passageiros e a de Cacilhas-Cais do Sodré (05h20) 140. O serviço de transporte público fluvial encontrava-se pelas 10h45 normalizado nas ligações fluviais de Cacilhas, Montijo e Trafaria.

Greve. Barcos parados entre a Margem Sul do Tejo e Lisboa

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A ligação fluvial do Barreiro será retomada antecipadamente, às 10h55. Os trabalhadores da Transtejo e da Soflusa (duas empresas que têm administração comum) cumprem esta quarta-feira e quinta-feira uma greve parcial, de três horas por turno, para reivindicar uma atualização salarial. Os trabalhadores decidiram realizar greve depois de uma reunião em 30 de junho com a administração que gere as duas empresas e que foi “inconclusiva”.

Trabalhadores da Transtejo/Soflusa mantêm greve parcial em 14 e 15 de julho

“Colocamos novamente a questão à empresa de qual era a disponibilidade para negociar e a resposta que a empresa deu foi exatamente a que já tinha dado antes. Ou seja, não tem nada a dizer aos sindicatos. Portanto, tudo ficou na mesma”, justificou na altura Paulo Lopes, da FECTRANS. Paulo Santos ressalvou que a greve “não é contra a administração”. “A administração está amarrada de pés e mãos. Os sindicatos estão disponíveis para negociar e, de facto, o Governo que tome as medidas necessárias para que seja possível haver uma negociação”, argumentou.

Contactada pela Lusa, fonte oficial da Transtejo/Soflusa referiu que a administração “manteve a proposta anteriormente apresentada aos sindicatos” e que se mantém “disponível para dialogar”. Nos dias 16 e 17 de junho, os trabalhadores da Transtejo/Soflusa realizaram uma greve parcial, de três e duas horas por turno, por a empresa manter a sua posição de “aumento de 0%” nas negociações salariais, depois de uma primeira luta em 20 de maio.