Os lucros da Corticeira Amorim aumentaram, no primeiro semestre deste ano, 15,1%, para 39,4 milhões de euros em relação ao período homólogo, de acordo com um comunicado divulgado esta terça-feira.

“Após resultados atribuíveis aos interesses que não controlam, a Corticeira Amorim encerrou o primeiro semestre com um resultado líquido de 39,4 milhões de euros, um aumento de 15,1% face ao mesmo período de 2020”, lê-se na mesma nota.

No comunicado, o grupo indicou que, nos primeiros seis meses deste ano, as vendas atingiram 433,3 milhões de euros, uma subida de 10,7% face ao período homólogo, sendo que “todas as unidades de negócio registaram crescimentos robustos e terminaram o período com níveis de vendas superiores aos registados no primeiro semestre de 2020”.

De acordo com a Corticeira Amorim, “esta evolução reflete um contexto mais favorável em termos de atividade económica e do consumo, após os efeitos negativos decorrentes das medidas restritivas implementadas por diferentes países para conter a propagação da pandemia Covid-19”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

No comunicado, a Corticeira Amorim indicou que o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) consolidado do período em análise atingiu os 77,3 milhões de euros, “um crescimento de 17,2% face ao primeiro semestre de 2020 e superior ao das vendas (+10,7%)”.

A empresa disse ainda que “este bom desempenho reflete essencialmente os maiores níveis de atividade e os preços de consumo de cortiça, apesar dos resultados operacionais terem sido penalizados pelo referido efeito cambial desfavorável, pelo significativo aumento do preço de algumas matérias-primas não cortiça e pelo agravamento dos custos de transporte”.

A Corticeira salientou ainda que “o contributo do segundo trimestre de 2021 foi decisivo para este forte desempenho operacional, tendo permitido compensar a atividade contida nos primeiros três meses do ano”, acrescentando que o EBITDA neste período “cresceu 49,6%, acima do registado a nível das vendas (24,4%)”.

Paralelamente, no final de junho, a dívida remunerada líquida do grupo “totalizava 53 milhões de euros, uma redução de 57 milhões de euros, face ao final do ano de 2020“. A empresa acredita que a robustez do seu balanço “associada ao apoio das instituições financeiras garante uma adequada e equilibrada estrutura de capitais”.

Por segmentos, a Corticeira Amorim referiu que as vendas da unidade de negócios de rolhas “totalizaram 311,3 milhões de euros (+11,3% face ao período homólogo), contribuindo para 70% das vendas consolidadas da Corticeira Amorim”.

Já a unidade de revestimentos registou “um crescimento de vendas de 7,7% para 63,5 milhões de euros beneficiando de maiores níveis de atividade”, enquanto as vendas da unidade de aglomerados compósitos cifraram-se em 57,7 milhões de euros (+14,9% face ao período homólogo)“.

Na unidade de isolamentos, as vendas da Corticeira Amorim “mantiveram a tendência de forte crescimento registada no início do ano, totalizando 7,2 milhões de euros (+20,6% face ao período homólogo), impulsionadas pela recuperação da atividade nos seus mercados mais relevantes, nomeadamente França, Portugal e Itália”.