Primeiro 33%, depois 50%, agora 100%: a Direção-Geral da Saúde atualizou a norma que existia em relação aos estádios de futebol a pedido da Federação Portuguesa de Futebol e deixará assim de haver limitação no número de adeptos que marcam presença nos recintos desportivos. “A ocupação dos lugares sentados pode ser em conformidade com a capacidade total licenciada do recinto”, explica a orientação sobre eventos desportivos em ambiente fechado e em ambiente aberto conhecida esta quinta-feira, que mantém o uso de máscara nas bancadas e a apresentação do Certificado de Vacinação ou teste negativo à entrada.

Ou seja, e numa das primeiras medidas imediatas e que já tinha arrancado no caso do FC Porto na semana passada, os clubes poderão agora voltar a vender bilhetes de época aos seus sócios e adeptos, naquela que foi uma das receitas perdidas que maior impacto que teve nas contas da Primeira Liga desde 2020. O Benfica, que já tinha começado a venda de ingressos para o jogo com o Portimonense no domingo, já vai poder colocar um total de 65.000 ingressos disponíveis ao público em vez dos 32.500 que tinha (e anunciou esta manhã essa lotação total). Para já, os bilhetes são apenas para sócios do clube.

A medida é também aplicada aos jogos das modalidades de pavilhão, que passam assim a não ter limite de lotação. Exemplo prático: no fim de semana de 9 e 10 de outubro, os clássicos entre FC Porto e Sporting em hóquei em patins (Dragão) e basquetebol (Alvalade) poderão também ter casa cheia. Nestes casos, não em relação aos “grandes” mas no que toca aos conjuntos mais modestos, as verbas de bilhética têm um maior impacto até pelos cortes que foram existindo a nível de parcerias e patrocínios durante a pandemia.

“O dia pelo qual não nos cansámos de lutar, e no qual nunca deixámos de acreditar, chegou! É hora de abrirmos as portas dos estádios, sem limitações, a todos os adeptos! A LPFP trabalhou direta e incansavelmente com a DGS, desde o último Conselho de Ministros, para que este dia chegasse. Foi um longo e trabalhoso caminho o que percorremos durante este último ano e meio, conjuntamente com as autoridades de saúde e a task force, para que, com segurança e de forma gradual, houvesse um regresso à normalidade nas bancadas. Sabemos que precisamos de ter bem presente que a pandemia ainda não terminou e a responsabilidade individual é cada vez mais importante. Temos a certeza de que, nessa altura, os nossos adeptos darão mais uma vez o exemplo”, salientou Pedro Proença, presidente da Liga.

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