O grupo que na noite de segunda-feira disparou balas de paintball a partir de um carro, atingindo três rapazes, está a ser investigado pela PSP por, pelo menos, mais duas situações idênticas ocorridas noutros dias na mesma zona de Lisboa, apurou o Observador junto de fonte policial.

Na noite de segunda-feira, Francisco Guimarães, de 24 anos, e dois amigos foram atingidos por balas utilizadas na prática de paintball. Segundo o seu testemunho, o incidente ocorreu cerca das 00h30, quando ele e quatro amigos conversavam junto a um restaurante na rua de São Bento, junto à Assembleia da República, no centro de Lisboa, onde tinham acabado de jantar.

“Estávamos à porta, eu e quatro amigos. Do nada, passa um carro que abre a janela e dispara três tiros. De início, pensei que fossem tiros a sério”, explicou Francisco Guimarães. “Percebi que um me tinha atingido no olho. O susto foi enorme. Vi que estava todo molhado, pensei que era sangue e que tinha ficado cego”, recordou Francisco Guimarães, também colunista ocasional do Observador.

Três jovens alvejados por balas de paintball disparadas a partir de um carro no centro de Lisboa

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Ele e dois dos seus amigos ficaram feridos, um deles teve mesmo que ser assistido no hospital depois de atingido junto ao olho. Uma fonte da Investigação Criminal da PSP disse ao Observador que este não foi um caso isolado e que o mesmo grupo já terá feito o mesmo por pelo menos duas outras vezes em dias diferentes.

Nessa mesma noitem segundo o Correio da Manhã, o artista Jorge Kapinha também foi atingido da mesma forma nas costas. Estava na zona do Lumiar. “Ouvi o barulho e percebi que tinha sido atingido. Vi uma carrinha cinzenta mas não consegui ver a matrícula”, conta.

O Correio da Manhã fala num episódio semelhante ocorrido junto à praia da Parede, em Cascais, com três feridos.   Em nenhuma das situações o ataque foi seguido de qualquer crime, como roubo, por exemplo. Limitando-se os suspeitos a dispararem bolas de tinta sobre as vítima como se “de uma brincadeira de miúdos se tratasse”, adiantou fonte policial, sem dar mais pormenores sobre cada um dos casos.

Certo é que estas queixas por ofensas à integridade física já estão registadas na PSP.

(Artigo atualizado com informação do jornal Correio da Manhã)