Sindicatos dos médicos avançam esta quarta-feira com um pré-aviso de greve para os dias 23, 24 e 25 de novembro para pressionar o Governo a negociar. Em declarações em Coimbra, Roque da Cunha diz este é um “grito de alerta” necessário para que a “situação não piore”.

“A bem do Serviço Nacional de Saúde é o momento, depois da vacinação e controlo da pandemia é tempo de dizer basta”, afirmou Roque da Cunha do SIM acrescentando que não se trata de uma “visão catastrofista”, mas que é “impossível” o SNS continuar assim.

“Apesar de todos os esforços que têm feito os médicos não conseguem aguentar mais. Está nas mãos do Governo evitar [esta greve]”, afirmou Roque da Cunha.

“Não estou a ser catastrofista, se nada for feito em termos de investimento no SNS, para fixar os médicos no SNS e criar condições para que as pessoas se sintam confortáveis, é impossível neste momento estarmos numa situação destas. Estamos a falar de um Governo que permite gastar 150 milhões de euros por ano para prestação de serviços”, afirmou Roque da Cunha.

O secretário-geral do SIM aponta que desde que Marta Temido está no Governo “os sindicatos nunca foram recebidos” pelo Executivo. Noel Carrilho, da FNAM, frisou ainda que “caso essas reuniões tivessem acontecido não haveria algumas propostas no Orçamento do Estado” recusando-se a “levar a sério” um Governo que faz propostas como a das 500 horas extraordinárias em serviço de urgência.

Notícia alterada às 22h25 com alteração dos dias de greve depois de comunicado a corrigir datas da paralisação inicialmente avançadas

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