De acordo com as conclusões do mais recente Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre Atividade Física e Comportamento Sedentário, poderiam ser evitadas cerca de cinco milhões de mortes por ano em todo o mundo se a população global fosse mais ativa.

Entre os benefícios, garante a OMS, de praticar uma atividade física regular, estão, por exemplo, prevenir e controlar doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e o cancro, sendo também fundamental para reduzir os sintomas associados à depressão e ansiedade, impedindo o declínio cognitivo e melhorando a memória e saúde do cérebro.

Para o garantir, basta seguir as novas diretrizes da já referida agência especializada em saúde, sendo que as recomendações indicam, tendo em conta a população adulta saudável, 150 a 300 minutos semanais de atividade aeróbica moderada (entenda-se respiração rápida, mas não ofegante) ou entre 75 e 150 minutos de atividade de intensidade elevada (respiração e ritmo cardíaco aceleradas). No caso de crianças e adolescentes, recomenda-se uma hora diária.

A modalidade certa

Ainda que para combater o sedentarismo todo e qualquer movimento conte, nem que seja seguir atos simples como optar por ir de bicicleta para o trabalho ou trocar as boleias de elevador pela subida de vários lances de escada, o ideal é conseguir integrar a atividade física no quotidiano de forma estruturada, tornando-a num hábito saudável.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Nesse sentido, o triatlo, modalidade nascida nos Estados Unidos da América na década de 1970, assume-se como uma das escolhas mais assertivas uma vez que se trata se um desporto completo, que trabalha corpo e mente, e reúne um número crescente de seguidores dos 8 aos 80 anos.

Ao conjugar natação, ciclismo e corrida, três modalidades complementares em termos de atividade física, o triatlo trabalha todos os músculos do corpo além de ainda potenciar a capacidade de resistência e respiração. A esses benefícios físicos junta-se a diversidade deste tipo de treino que ajuda a combater qualquer sensação de monotonia e ajuda a melhorar a capacidade de adaptação a desafios diferentes, pois a transição entre nadar, subir para a bicicleta e percorrer vários quilómetros na estrada reforça a capacidade de resiliência.

O que preciso para praticar triatlo?

Mostrar Esconder

“Os requisitos de equipamento são iguais, não importa o nível do atleta”, explica Bruno Fonseca, ainda que “a sua qualidade e tipologia poderá permitir um melhor desempenho”. Em termos de natação, recomenda-se um “fato próprio, ainda que o seu uso possa variar entre obrigatório, opcional ou interdito, conforme as regras aplicáveis à prova e/ou a temperatura da água e distâncias”. No ciclismo, “o requisito básico é ter uma bicicleta e um capacete, sendo os sapatos de encaixe um extra recomendado já que melhoram a performance. Para correr, recomenda-se “sapatilhas confortáveis e adaptadas à distância a percorrer”, indica. De forma transversal, teremos o uso de um equipamento base que poderá ser utilizado em cada disciplina e que por norma é trisuit (este poderá ter vários formatos e configurações, conforme o gosto e necessidade de cada atleta).

Além da questão do material, a componente da nutrição é outro ponto importante, pois “assegurar um nível de energia suficiente para treinos e provas é chave para o sucesso”, recomenda Bruno Fonseca. No que toca ao equipamento sugerido, e caso isso possa representar dificuldades em termos de orçamento familiar, consulte as opções de ajuda financeira em termos de crédito pessoal ao consumo do Banco Credibom.

Por outro lado, o triatlo potencia ainda a saúde mental, pois como o objetivo é coordenar e gerir esforços para atingir um objetivo, no caso terminar a prova, potencia a autoestima.

O facto de se praticar ao ar livre é outra vantagem, fazendo com que os amantes de triatlo possam usufruir da Natureza e descobrir novas paisagens, e seja em contexto de simples treino ou integrado num cenário de competição, a sensação de aventura e explorar novos locais está sempre garantida, o que torna a opção pelo triatlo como a escolha certa.

Testar limites

A evolução do triatlo, tendo em conta esta mescla de perspetivas e benefícios físicos e emocionais, fez com que os desafios a si associados difiram consoante os objetivos. Assim, a prática desta modalidade pode funcionar como uma excelente estratégia de treino, mas também assumir-se como um dos mais exigentes testes dos limites de resiliência na sua versão IronMan, prova que a 23 de outubro vai ter Portugal como anfitrião pela primeira vez, tendo como cenário a paisagem urbana e natural da vila de Cascais.

Bruno Fonseca, diretor de operações do Banco Credibom, e confesso apaixonado pelo triatlo, é um dos atletas amadores, e parte da equipa 3B-triatlo, que vai participar na prova, sendo a sua terceira experiência numa competição com este perfil.

Aliado do desporto

Mostrar Esconder

Ciente das vantagens do triatlo no crescimento físico, emocional e humano, o Banco Credibom assumiu o papel de mecenas para a divulgação e afirmação desta modalidade. Algumas das apostas da referida instituição de crédito é assumir-se como patrocinador da equipa de Triatlo do Grupo Desportivo Estoril Praia há aproximadamente quatro anos, assim como da primeira Escolinha da modalidade lançada pelo Estoril Praia, em 2020. Este patrocínio é sinónimo de uma clara aposta na consolidação do triatlo, cujo perfil encaixa nos valores em que a instituição acredita, nomeadamente a capacidade de superação, resiliência e coragem.

“O desporto sempre esteve presente na minha vida”, revela Bruno Fonseca. “Durante a adolescência pratiquei sobretudo futebol e bicicleta (BTT), e, mais tarde, após a entrada na vida profissional, o futebol com amigos e colegas era um escape para a pressão do dia a dia. Mas depois de algumas lesões, estive algum tempo parado, tendo retomado a prática regular de desporto através das voltas domingueiras de BTT. A vontade de fazer mais km foi crescendo a cada semana e fiz um upgrade da bicicleta. Posteriormente, experimentei bicicleta de estrada e fazer percursos de 100 km passou a ser normal, algo que evoluiu naturalmente para a participação em provas. Em paralelo, e porque no Inverno não é tão fácil e seguro pedalar, e também para conciliar a atividade desportiva com o trabalho, o atletismo apareceu como alternativa já que em termos logísticos é algo mais simples e acessível”, acrescenta.

Quando o contexto passa de uma perspetiva de lazer para um cenário de competição como é o caso do IronMan, Bruno Fonseca refere que “apesar de a preparação de um triatlo de longa distância ser similar a qualquer outro triatlo, implica maior dedicação, mais consistência e melhor organização do tempo disponível”. Estes critérios, salienta, “serão mais relevantes quanto mais ambiciosa for a participação, e aqui a componente psicológica é importante”. No entanto, e também por isso, sublinha que “os objetivos deverão ser realísticos e adaptados à situação de cada atleta”, sendo que “o maior desafio surge dentro da prova, pois existe uma verdadeira montanha russa de emoções e que têm que ser geridas ao longo de 3,8 km de natação, 180 km de bicicleta e 42, 2 Km de corrida”.

Da descoberta à paixão

Ainda que ser atleta de alta competição “nunca ter sido um sonho de criança”, Bruno Fonseca acabaria por encontrar o triatlo “após se associar a um grupo de treino focado no ciclismo e corrida, e onde se encontrava um triatleta já consolidado”, tendo sido neste contexto que participou “em provas diversas, nomeadamente duatlo (corrida; bicicleta; corrida)”. Pouco depois, e desafiado pelo companheiro mais experiente, Bruno acabaria por experimentar o triatlo e, em 2015 e 2016, participou no triatlo longo de Lisboa.

O objetivo de enfrentar essas provas foram, lembra, “o desafio pessoal de superação (não sabia nadar na altura) e pela prova em si, ou seja, fazer três disciplinas encadeadas, implicando distâncias interessantes – o triatlo tem várias distâncias o que permite uma gestão de objetivos diferenciados”.

O facto de o triatlo “incluir três disciplinas diferentes permite desenvolver aspetos físicos e técnicos diferentes, dando margem para a execução de treinos adaptados a disponibilidade e condições”, sublinha Bruno Fonseca. Adicionalmente, “obriga ao desenvolvimento de uma disciplina pessoal de modo a conciliar o tempo necessário para treinos e provas, e que poderemos replicar no dia a dia. Por outro lado, sendo um desporto exigente, deverá implicar uma revisão da nutrição”, refere.

Quando lhe perguntamos quais os benefícios que identifica na prática do triatlo, indica a “regularidade de realizar atividade física e as consequentes vantagens para a saúde”, mas ressalva ser “essencial ter um acompanhamento técnico a partir do momento em que a prática se torna mais intensa”. Sob outra perspetiva, Bruno Fonseca refere ainda o triatlo, modalidade que confessa ter-se apaixonado, como “a possibilidade de escapar do contexto profissional e exigente do quotidiano”, além de potenciar “uma disciplina de organização do tempo que por vezes escasseia e que tem que ser dividido entre trabalho, família e desporto”.

Saiba mais em
Coragem para Sonhar