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Coates é capitão, pai e até líder espiritual. Mas Alvalade tem um novo Matheus a escrever profecias (a crónica do Sporting-V. Guimarães)

Este artigo tem mais de 2 anos

Central marcou pelo terceiro jogo seguido, chegou aos quatro golos esta temporada e garantiu mais uma vitória. Mas, contra o V. Guimarães, Alvalade ganhou um novo Matheus para aplaudir: Matheus Reis.

O central uruguaio marcou pelo terceiro jogo consecutivo
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O central uruguaio marcou pelo terceiro jogo consecutivo

LUSA

O central uruguaio marcou pelo terceiro jogo consecutivo

LUSA

Desde que chegou a Alvalade, há mais de ano e meio, que Rúben Amorim soube tornar-se o compasso moral do Sporting. A larga maioria dos adeptos segue o que o treinador diz, a larga maioria da estrutura segue o que o treinador diz e os jogadores, de forma notória, seguem o que o treinador diz. Amorim é a voz mais respeitada no universo leonino, muito graças ao Campeonato que conquistou e à página que começou a escrever na história do clube, e talvez por isso nem sequer seja estranho que comente com naturalidade o facto de alguns dos principais ativos da equipa terem renovado contrato nas últimas semanas.

Daniel Bragança prolongou o vínculo até 2025, Matheus Nunes prolongou o vínculo até 2026 e Pedro Gonçalves, nos últimos dias, também estendeu a ligação ao Sporting até 2026, ficando com uma cláusula de rescisão de 80 milhões de euros. “É mérito da SAD, da direção do clube e, principalmente, do Hugo Viana, que está a renovar com jogadores muito importantes para nós, jogadores que têm uma margem de progressão muito boa. Pedro Gonçalves faz-nos muita falta, não só pelo jogador que é mas também pelos golos que marca. Fico muito feliz. Tenho ideia de que possa existir mais uma renovação nas próximas semanas. Mais do que ir procurar fora, queremos manter os nossos jogadores”, disse o treinador dos leões, abrindo desde logo a porta à possibilidade de renovação a título definitivo de Pedro Porro a curto prazo, já que o lateral ainda está emprestado pelo Manchester City.

Ficha de jogo

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Sporting-V. Guimarães, 1-0

10.ª jornada da Primeira Liga

Estádio José Alvalade, em Lisboa

Árbitro: Rui Costa (AF Porto)

Sporting: Adán, Gonçalo Inácio, Coates, Feddal, Pedro Porro (Daniel Bragança, 89′), João Palhinha, Matheus Nunes (Bruno Tabata, 89′), Matheus Reis, Pedro Gonçalves (Manuel Ugarte, 79′), Paulinho (Ricardo Esgaio, 89′), Sarabia (Nuno Santos, 69′)

Suplentes não utilizados: João Virgínia, Jovane Cabral, Luís Neto, Rúben Vinagre

Treinador: Rúben Amorim

V. Guimarães: Bruno Varela, João Ferreira (Sacko, 77′), Mumin, Borevkovic, Hélder Sá, Tomás Händel, André André (Janvier, 67′), Marcus Edwards, Tiago Silva (André Almeida, 57′), Rochinha (Quaresma, 67′), Bruno Duarte (Estupiñán, 57′)

Suplentes não utilizados: Trmal, Rúben Lameiras, Alfa Semedo

Treinador: Pepa

Golos: Coates (31′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Tiago Silva (23′), a Borevkovic (25′), a Feddal (88′), a Manuel Ugarte (90′)

Este sábado, em Alvalade, o Sporting recebia o V. Guimarães e procurava chegar à sexta vitória consecutiva para todas as competições. Depois de terem vencido o Famalicão na Taça da Liga a meio da semana, os leões defrontavam os vimaranenses antes de voltarem a cruzar com o Besiktas, na Liga dos Campeões, ainda que desta feita em casa. “Vai jogar a melhor equipa. O principal foco sempre foi o Campeonato e é o próximo jogo. O V. Guimarães é uma grande equipa, vai apresentar-se na máxima força e temos de vencer. A melhor forma de recuperar para o Besiktas é ganhar o jogo do Campeonato, relaxar e encarar o outro jogo com outro ânimo”, antecipou Rúben Amorim, que não podia contar Tiago Tomás, já que o avançado sofreu uma mialgia na coxa e não treinou nos últimos dias.

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Assim, os leões não faziam poupanças e apresentavam-se com o onze-tipo, pelo menos no plano teórico, com Feddal a voltar ao trio de centrais e a empurrar Matheus Reis para a esquerda. No banco, ficavam Nuno Santos e Daniel Bragança. Do outro lado, Pepa acabava por provocar algumas surpresas: Sacko, Alfa Semedo, Ricardo Quaresma e Estupiñán, todos titulares na última jornada contra o Marítimo, eram suplentes e substituídos por João Ferreira, Tomás Händel, Rochinha e Bruno Duarte. Os vimaranenses apareciam em Alvalade vindos de duas vitórias consecutivas na Primeira Liga e num claro momento de ascensão competitiva e exibicional que podia complementar-se com a conquista de pontos contra os leões.

A cerca de 20 minutos do apito inicial, o jogo adquiriu uma dimensão superior para o Sporting: o Benfica não foi além de um empate contra o Estoril, na Amoreira, e uma vitória dos leões significava igualar o FC Porto na liderança do Campeonato com mais um ponto do que os encarnados. Os instantes iniciais foram de grande equilíbrio em Alvalade, com o V. Guimarães a disputar a bola e o espaço de forma igualitária e sem dar grandes linhas ofensivas aos leões. Pote protagonizou o primeiro lance mais perigoso, ao rematar para defesa de Bruno Varela depois de uma assistência de Paulinho (5′), mas Tomás Händel respondeu de imediato com um pontapé de fora de área que forçou Adán a uma grande intervenção (12′).

A partir do primeiro quarto de hora, porém, o Sporting subiu as linhas e passou a exercer uma pressão mais intensa na zona do meio-campo, recuperando muitas bolas na linha intermédia e empurrando o V. Guimarães para trás, atuando quase por inteiro no reduto adversário. Com especial preponderância no corredor esquerdo, onde Matheus Reis e Sarabia demonstravam um entendimento muito positivo, os leões foram criando situações perigosas de forma quase consecutiva: Porro rematou para defesa de Bruno Varela (18′), Borevkovic evitou a finalização de Sarabia depois de um cruzamento de Coates (19′) e Pote acabou mesmo por conseguir marcar com um remate rasteiro e de primeira na grande área, ainda que o lance tenha acabado anulado pelo VAR por fora de jogo do mesmo Sarabia (27′).

Ainda assim, adivinhava-se o golo em Alvalade e o golo acabou mesmo por aparecer por intermédio de um autor que já nem sequer é improvável. Sarabia bateu um pontapé de canto na esquerda, Paulinho desviou ao primeiro poste e Coates, ao segundo e aparecendo completamente sozinho, cabeceou para abrir o marcador e fazer golo pelo terceiro jogo consecutivo (31′). O Sporting chegava à vantagem de forma natural e justificada, pela superioridade que ia demonstrando, mas a verdade é que o V. Guimarães não deixava esquecer que tinha qualidade suficiente para causar muitos problemas à defensiva leonina. Logo depois do golo de Coates, Marcus Edwards desmarcou Bruno Duarte com um passe delicioso de calcanhar e o avançado, na cara de Adán, atirou ao lado (34′). Antes do intervalo, Coates ainda teve tempo para forçar Bruno Varela a mais uma defesa, com um cabeceamento que saiu à figura (39′), e Sarabia colocou a bola dentro da baliza mas o lance voltou a ser anulado por fora de jogo do espanhol (43′).

No final da primeira parte, o Sporting estava a ganhar e estava a ganhar bem mas não deixava de ter algumas dificuldades sempre que o V. Guimarães aparecia com a bola controlada no último terço leonino. Com a bola no pé, aliás, a equipa de Pepa era muito perigosa e encontrava espaço nas linhas apertadas dos leões, sendo que Rochinha e Marcus Edwards eram os principais desequilibradores e iam dando muito trabalho a Porro, Matheus Reis, Inácio e Feddal.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Sporting-V. Guimarães:]

Na segunda parte, nenhum dos treinadores fez alterações e o Sporting entrou com uma intensidade superior, construindo desde logo duas enormes oportunidades para aumentar a vantagem: Matheus Nunes atirou ao lado quando estava completamente sozinho depois de um cruzamento de Pote (46′) e Paulinho apareceu na cara de Bruno Varela na sequência de um enorme passe de rutura de Pedro Porro (48′). Pepa mexeu ainda antes da hora de jogo, ao trocar Bruno Duarte e Tiago Silva por Estupiñán e André Almeida, mas o V. Guimarães ia demonstrando algumas dificuldades na hora de encontrar espaço no último terço adversário e os leões iam aproveitando para colocar algum gelo na partida, desacelerando as dinâmicas para gerir a vantagem.

Nesta fase, sem grandes aproximações perigosas às balizas e com a larga maioria da discussão de posse a acontecer na zona do meio-campo, existia tempo para dedicar alguma atenção à exibição de Matheus Reis. O lateral, que ganhou maior proeminência depois da saída de Nuno Mendes e do momento menos positivo de Rúben Vinagre, está a crescer de jogo para jogo e teve contra o V. Guimarães uma das melhores prestações desde que chegou a Alvalade, desequilibrando ofensivamente na esquerda, demonstrando enorme entendimento com Sarabia e mantendo a competência a nível defensivo.

A partir da hora de jogo, o encontro foi partindo e abrindo muitos espaços entre setores, oferecendo uma nova injeção de energia a um V. Guimarães que adquiriu criatividade e imaginação com as substituições e que se ia alimentando do facto de ainda estar a perder apenas pela margem mínima. André Almeida teve uma grande ocasião para empatar, ao atirar por cima na grande área (69′), e Rúben Amorim reagiu ao trocar Sarabia por Nuno Santos já depois de Pepa ter lançado Quaresma e Janvier. Em resposta à oportunidade vimaranense, Paulinho ficou muito perto de aumentar a vantagem, ao cabecear ao lado na sequência de um cruzamento perfeito de Nuno Santos na esquerda (71′), e o jogo lançou-se para uma reta final de alguma indefinição principalmente devido à subida de rendimento dos visitantes.

O treinador do Sporting tirou um esgotado Pedro Gonçalves, já a 20 minutos do fim, para colocar Manuel Ugarte e fazer Matheus Nunes subir no terreno. Os leões iam tentando estagnar a partida mas o V. Guimarães estava no melhor momento no jogo e ia tornando a partida crescentemente desconfortável para a equipa de Rúben Amorim, que tentava matar o encontro no contra-ataque mas tinha diversos momentos de calafrio sempre que os vimaranenses entravam no último terço. Esgaio, Bragança e Tabata ainda entraram, para dar frescura e clarividência à equipa, e o Sporting acabou por conseguir mesmo blindar a frágil vantagem e conquistar os três pontos.

Os leões carimbaram a sexta vitória consecutiva para todas as competições e aproveitaram o empate do Benfica para ultrapassar os encarnados e subir à liderança da Primeira Liga em igualdade pontual com o FC Porto. Coates marcou pelo terceiro jogo seguido, é o melhor marcador da equipa a par de Pote e Nuno Santos e é o capitão, o pai e o líder espiritual do grupo de Rúben Amorim. Mas Alvalade tem um novo Matheus a escrever profecias — depois de Nunes, Reis foi dos melhores elementos leoninos contra o V. Guimarães e demonstrou que o treinador não tem assim tantas dores de cabeça no lado esquerdo da defesa.

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