O ministro das Finanças disse esta quarta-feira, sobre medidas que podem avançar num regime de duodécimos, que isso “é algo que está a ser avaliado” e está a ser feita “uma ponderação” sobre salários da Função Pública, sem se comprometer com um aumento.

A prioridade, diz o Ministério das Finanças, é que à entrada em 2022 “o País consiga em particular no que tem a ver com o PRR consigamos aplicar o mais rapidamente possível”. “Temos de criar condições para que esse plano esteja em plena execução”, acrescentou.

Quanto ao restante, “temos de ver”, afirmou, notando que “em relação às restantes coisas como aquilo que tem a ver com mais com a gestão habitual do Estado, estamos a trabalhar num quadro de normalidade do Estado”.

“Temos de concentrar naquilo que é o quadro de normalidade do Estado”, esclarecendo que “questões que têm mais a ver mais com natureza política isso tem de ser ponderado num próximo orçamento do Estado, tal como a questão do desdobramento do IRS, o aumento das deduções com filhos”, referiu.

“Nós estamos a fazer a ponderação naquilo que é o âmbito de normalidade de um Estado que funciona de forma normal, ano após ano, e que assegura estabilidade e aí temos de ver o que é que, nesse quadro, podemos adotar no âmbito de um orçamento em duodécimos”, terminou o ministro das Finanças, que participou na sessão solene comemorativa do 175º aniversário do Banco de Portugal.

Anteriormente, o mesmo responsável comentou que embora o Governo não esteja a antecipar que a crise política leve as agências de rating a rever em baixa a notação financeira da dívida da República Portuguesa, esta situação pode adiar eventuais melhorias que estavam iminentes, aos olhos do Governo.

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