A tenista norte-americana Serena Williams disse esta quinta-feira estar “devastada e chocada” com o desaparecimento de Peng Shuai, colega chinesa que desapareceu após ter acusado um ex-alto quadro do governo chinês de agressão sexual.

“Estou devastada e chocada com as notícias de Peng Shuai. Espero que esteja sã e salva e seja encontrada o mais brevemente possível”, escreveu a veterana, um dos principais nomes da história do ténis mundial, na rede social Twitter.

Williams exigiu ainda que o caso seja “investigado e que ninguém se cale”, além de enviar uma mensagem de conforto à tenista e à família no que são “tempos incrivelmente difíceis”, juntando-se a um coro de vozes por todo o mundo que perguntam por Shuai, entre eles a tenista japonesa Naomi Osaka.

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Outros jogadores importantes, incluindo o sérvio Novak Djokovic, número um mundial masculino, e os organizadores dos torneios de ténis profissional feminino e masculino, apelaram a uma investigação completa sobre as alegações feitas pela bicampeã de pares de torneios do Grand Slam.

No início do mês, Peng Shuai, de 35 anos, que já foi líder do ranking feminino de pares, acusou o antigo vice-primeiro-ministro chinês Zhang Gaoli, atualmente com 75, de a ter forçado a manter relações sexuais, através de uma mensagem difundida no Weibo, o Twitter chinês.

A mensagem foi removida poucos minutos depois e a imprensa chinesa, que está submetida à censura exercida pelo regime, não referiu o assunto, enquanto os pedidos de investigação na comunidade internacional, e nos quadros organizativos da modalidade, se sucedem, perante o silêncio em Pequim.

Peng venceu 23 títulos de pares femininos, entre os quais Wimbledon, em 2013, e Roland Garros, em 2014.

Nas redes sociais, foi lançado um movimento com a pergunta Onde está Peng Shuai, com a comunidade do ténis a salientar que a jogadora está desaparecida há cerca de 10 dias.