Um passo atrás para chegar depois aos dois à frente – mesmo que um passo em falso tenha adiado por agora esse segundo momento. Depois da experiência complicada na Alemanha, a Ligue 1 colocou Renato Sanches no patamar que lhe tinha valido o salto do Benfica para o Bayern em 2016 e a fase final do Campeonato da Europa de 2020 (disputado em 2021) confirmou essa mesma subida, com o médio a cotar-se como um dos melhores da Seleção apesar da eliminação precoce logo nos oitavos frente à Bélgica depois de uma vitória na Hungria, uma derrota com a Alemanha e uma igualdade diante da França. E a história podia ser outra.

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De acordo com o próprio jogador, que foi eleito o Golden Boy em 2016 na temporada em que foi campeão pelo Benfica e se transferiu para o campeão germânico, só mesmo a lesão no joelho a meio de agosto, que obrigou a uma intervenção cirúrgica e a uma ausência de sete semanas da equipa, inviabilizou a saída do Lille, onde se sagrou também campeão francês na última época, para a equipa do Barcelona.

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“Se não me tivesse lesionado, teria assinado pelo Barcelona este verão. O Barça e o Lille estavam de acordo, havia um acordo”, contou o internacional em entrevista ao La Voix du Nord.

Em paralelo, o médio de 24 anos explicou também a forma como geriu a frustração desse momento, naquele que poderia ser um novo salto numa espécie de segunda vida na carreira. “Ao princípio foi um choque mas depois colocas as coisas em perspetiva. No futebol há altos e baixos, já estou habituado. Deixei de pensar em clubes interessados e passei a concentrar-me na minha recuperação”, explicou o jogador, que no último dia de mercado foi apontado a clubes como Manchester United, Tottenham ou Wolverhampton.

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Por fim, Renato Sanches voltou também a falar da passagem pela Alemanha (com um empréstimo pelo meio ao Swansea) e do que correu mal nesse período. “Quando fui para o Bayern [em 2016, com 18 anos] não estava pronto para jogar num clube assim mas hoje sinto-me preparado”, admitiu o médio.

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