“A Rússia não tem qualquer tipo de veto, não tem nada a dizer e não tem nenhum direito em estabelecer uma espiral de influência para tentar controlar os seus vizinhos”, enfatizou Jean Stoltenberg numa conferência de imprensa no final de uma reunião de dois dias dos chefes das diplomacias dos Estados-membros da organização.

“Temos dito que a Ucrânia tornar-se-á membro da NATO, mas não cabe a nós, os 30 aliados da NATO, decidir quando a Ucrânia está pronta para ser membro e cumprir os padrões da NATO”, acrescentou.

Na reunião em Riga, os ministros exprimiram a sua preocupação pelo reforço militar russo junto à fronteira com a Ucrânia, tema que abordaram também com os seus homólogos ucraniano e georgiano, convidados para o encontro.

Stoltenberg insistiu que vão continuar a usar a NATO como “plataforma” para coordenar a possibilidade de impor sanções económicas a Moscovo e outras decisões no caso de ocorrer uma nova agressão russa à vizinha Ucrânia.

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O dirigente norueguês deixou claro que a Aliança ajuda Kiev no seu caminho para a entrada na organização mediante reformas, apoiando, designadamente, a luta contra a corrupção e a construção das instituições de segurança.

Stoltenberg vincou que a NATO é uma aliança defensiva e que a Rússia deve “respeitar a vontade do povo ucraniano”.

Assim, insistiu, que a Ucrânia é um “país independente, soberano, com fronteiras reconhecidas” internacionalmente que incluem a península da Crimeia, que a Rússia anexou “ilegalmente” em 2014, e a região de Donbass, no leste, atualmente controlada por separatistas pró-russos.