A circulação no metro do Porto está fortemente condicionada esta terça-feira, como resultado do já anunciado segundo dia de greve dos trabalhadores da empresa — marcada para o dia em que se realiza no Estádio do Dragão o jogo entre o FC Porto e o Atlético de Madrid para a Liga dos Campeões.

De acordo com a empresa, devido à greve “a capacidade de transporte será muito limitada, não obstante serem desenvolvidos todos os esforços no sentido de minimizar os impactos“.

Na prática, estão encerradas as linhas Azul (A), Vermelha (B), Verde (C), Violeta (E) e Laranja (F). Por outro lado, existirão apenas “circulações muito pontuais na Linha Amarela (D) e no tronco comum entre as estações Senhora da Hora e Estádio do Dragão”.

“Esta terça-feira realiza-se o jogo FC Porto – Atlético de Madrid, da Liga dos Campeões. Uma vez que a Estação Estádio do Dragão vai estar, por motivos de segurança, encerrada e sem serviço, a Metro do Porto recomenda a utilização da rede STCP e de outros operadores rodoviários para aceder ao Estádio. A Estação Combatentes estará, também por razões de segurança, encerrada e sem serviço após as 21h30″, esclarece a empresa.

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Para mitigar o impacto da greve, a Metro do Porto vai também disponibilizar “um serviço de transportes alternativos em autocarro em segmentos das linhas Vermelha e Verde“, cujos horários podem ser consultados aqui.

Adesão de 100% entre membros do sindicato

A greve está a registar uma “adesão total” entre os associados do Sindicato dos Maquinistas. Em declarações à Lusa, o dirigente sindical Hélder Silva referiu que, à semelhança do que aconteceu na sexta-feira, primeiro dia de greve, também esta terça-feira “apenas 20/30 dos cerca de 150 maquinistas estão a trabalhar”.

“Os que não aderiram à greve são, sobretudo, maquinistas com contratos precários”, afirmou. O objetivo do protesto é “desbloquear as negociações entre a empresa Metro do Porto/ViaPorto e os trabalhadores e conseguir uma convergência de posições entre as duas partes”, acrescentou o dirigente do sindicato.

“Aceitamos os aumentos propostos pela empresa, o problema aqui é a vigência do acordo. A empresa quer impor a vigência para três anos, nós só queremos para dois”, afirmou Hélder Silva. Caso as negociações não sejam retomadas, o sindicato pondera avançar com novos protestos.

Contactada pela Lusa, a Metro do Porto escusou-se a comentar os motivos e a adesão à paralisação.

Este é o segundo dia da greve dos trabalhadores da Metro do Porto, que reivindicam melhores condições de trabalho e uma atualização salarial. Na última sexta-feira, o primeiro dia de greve contou com uma adesão de 100% entre os associados do Sindicato dos Maquinistas, embora alguns maquinistas não sindicalizados continuassem a trabalhar.

Greve na Metro do Porto com total adesão entre associados do sindicato mas sem impedir circulação