A Apple chegou onde ainda antes nenhuma empresa tinha chegado. Alcançou neste primeiro dia de 2022 de negociação em Wall Street aos 3 biliões de dólares de valor bolsista. Como biliões são “trillion” na terminologia anglo-saxónica, torna-se assim a primeira “3-trillion dollar company”.
Isto quando estabeleceu uma subida de 3% durante a sessão desta segunda-feira que ainda decorre. Falta saber se consegue fixar essa capitalização no fecho. Se terminar a sessão acima dos 182,86 dólares cada ação, então fechará mesmo com esse pin na lapela.
A marca dos 2 biliões tinha sido alcançada já em plena pandemia, a 20 de agosto de 2020, período que conferiu às tecnológicas um aumento de procura e, consequentemente, de valor. Desde então, a Apple acrescentou dois mil milhões de dólares por dia ao seu valor, já que desde os 2 biliões até aos 3 passaram 501 dias. E passaram, segundo o Market Watch, 1.250 dias desde que tinha atingido o bilião de dólares, em agosto de 2018.
Em 2021, as ações da Apple valorizaram 34% e isto depois de um ganho de 81% em 2020. Os analistas acreditam que há várias razões para esta subida, incluindo a procura pelo último modelo do iPhone. Além de beneficiar de um estatuto de estabilidade num mercado volátil. Isto acontece apesar dos problemas nas cadeias de abastecimento que tem estado a sentir.
A Microsoft, que garantiu uma subida de 58% em 2021, é a segunda mais valiosa, com uma capitalização de 2,57 biliões. Mais três companhias têm capitalizações acima do bilião — Alphabet (casa-mãe da Google), Amazon e Tesla.
Segundo a Market Watch, desde que Tim Cook sucedeu a Steve Jobs como CEO da Apple, a ação valorizou 1.474%, o que significa que 94% do valor da companhia foi conseguido no reinado de Cook.