Os militares pára-quedistas britânicos do 16 Air Assault Brigade, uma espécie de comandos, estão já a testar a utilização de bicicletas eléctricas como ferramenta de guerra. Não para disparar mísseis e metralhadoras, como é frequente ver nos filmes do James Bond ou “Missão Impossível”, mas sim para saltarem de pára-quedas juntamente com os militares e, depois, permitirem a incursão mais rápida por terreno inimigo sem produzir ruído ou calor que seja detectável. Decididamente, a adopção das bicicletas eléctricas por parte destes pára-quedistas vai conferir uma tónica mais masculina aos utilizadores de veículos de duas rodas, o que nem sempre acontecia, segundo a Bloomberg.

Os militares australianos já se juntaram aos britânicos na adopção desta solução, que já foi testada em França, como conta a Motorcycle News. O objectivo passou por encontrar uma bicicleta alimentada por uma bateria suficientemente leve para acompanhar os pára-quedistas no salto e assegurar a autonomia necessária para realizar a operação.

O veículo escolhido foi a Sur Ron, equipada com um motor central com 8 cv, para não prejudicar o comportamento das suspensões, que assim não possuem muito peso suspenso. Sem emitir um único ruído, tanto mais que a correia de transmissão em carbono assegura isso mesmo, a Sur Ron é capaz de atingir 72 km/h, com a velocidade a ser acompanhada pelas suspensões de longo curso e travões de discos eficientes.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

4 fotos

Curiosamente, esta não é a primeira vez que militares ponderam o uso de veículos eléctricos de duas rodas. Nos Emiratos Árabes Unidos, os militares já testaram as motos eléctricas da Zero, transportadas a bordo dos Black Hawk vendidos pelos norte-americanos. Daí que a utilização de veículos de duas rodas eléctricos por militares seja cada vez, mais do que uma possibilidade, uma garantia.