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Mourinho voltou a Milão para ver Leão aparecer no melhor e Rui Patrício evitar o pior (a crónica do AC Milan-Roma)

Este artigo tem mais de 2 anos

Roma teve uma entrada falhada, conseguiu reentrar no jogo antes do intervalo mas correu o risco de sair goleada de San Siro frente ao AC Milan num encontro onde acabou reduzida a nove elementos (3-1).

Rafael Leão entrou, marcou o 3-1, sofreu uma grande penalidade falhada por Ibrahimovic e terminou como um dos melhores em campo
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Rafael Leão entrou, marcou o 3-1, sofreu uma grande penalidade falhada por Ibrahimovic e terminou como um dos melhores em campo

Rafael Leão entrou, marcou o 3-1, sofreu uma grande penalidade falhada por Ibrahimovic e terminou como um dos melhores em campo

Um jogo com uma equipa apenas em aquecimento (neste caso o campeão Inter) e outra a fazer quarentena em casa (Bolonha), outros encontros adiados devido a surtos de Covid-19, uma classificação complicada de analisar tendo em conta a diferença de partidas entre as equipas. Aquilo que deveria ser um dia de festa em forma de Boxing Day italiano com os dez encontros da jornada teve menos brilho do que inicialmente se pensava mas guardava dois grandes encontros a fechar, com a receção do AC Milan à Roma e a deslocação do Nápoles a Turim para defrontar a Juventus. E havia, claro, o regresso de Mourinho a San Siro.

Ibrahimovic é um Deus do futebol que sempre defendeu Mourinho. Hoje, com 40 anos, derrotou-o. E fez (mais) história

À chegada a Milão, o treinador foi surpreendido pela claque do Inter, que esperou por si para entregar uma recordação depois da passagem de dois anos pelo clube e o título europeu conquistado em 2010. “Para o Mister José Mourinho: a tua carreira pode levar-te a qualquer lado mas tu és e continuarás a ser um de nós”, dizia a placa de homenagem entregue ao português. E, também na véspera, ainda houve rasgados elogios do homólogo Stefano Pioli, elogiando o trabalho que está a construir na Roma e a goleada no último jogo fora em Bérgamo com a Atalanta. Melhor contexto era impossível mas faltou o resultado e, contas feitas, antes de mais um jogo grande com a Juventus, os romanos perderam e desceram para sétimo.

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A entrada dificilmente poderia ter sido pior para o conjunto romano. Aliás, bastaram dois erros dos visitantes para os rossoneri chegarem de forma tranquila ao 2-0 em pouco mais de um quarto de hora, a começar por um lance polémico decidido pelo VAR e pela avaliação das imagens pelo árbitro que deu a Giroud a possibilidade de inaugurar o marcador de grande penalidade por uma alegada mão de Tammy Abraham num remate de Theo Hernández defendido por Rui Patrício (4′) e a prosseguir com um erro crasso da defesa romana que isolo Giroud para um primeiro remate ao poste após ter passado o guarda-redes português antes da recarga sem hipóteses de pé esquerdo de Júnior Messias (17′).

[Clique nas imagens para ver os golos do AC Milan-Roma em vídeo]

Um encontro por si só complicado tornava-se ainda mais espinhoso para a Roma, que não conseguia deixar a bola nos pés de Pellegrini e sentia muitas dificuldades na zona de construção. Era necessário saltar linhas para colocar a bola nas unidades que poderiam fazer a diferença na frente e, na primeira vez que isso surgiu com algum demérito da defesa da casa à mistura, Abaham assistiu Zaniolo para um remate na área travado por Maignan (24′). O jovem avançado italiano era a unidade mais em foco e fez depois uma inversão de papéis com o inglês para mais uma grande defesa do guarda-redes do AC Milan mas à terceira foi mesmo de vez e, num desvio oportuno após remate de Pellegrini, Abraham reduziu mesmo para 2-1 (40′).

Entre mais de cinco minutos de descontos e muita confusão entre jogadores num lance que começou com Karsdorp e Saelemaekers, o intervalo chegava com três golos mas tudo em aberto depois do cenário mais complicado que a equipa de José Mourinho enfrentava. E podia ter voltado a piorar, com um remate de Brahim Díaz que bateu com estrondo na trave (51′) quando Rui Patrício estava batido. No entanto, a Roma conseguiu esticar o jogo, teve depois 15 minutos onde pareceu deixar a imagem de que o empate era algo possível e Maignan segurou a equipa numa fase menos conseguida da partida. E o jogo “acabou”.

À entrada do último quarto de hora, Karsdorp viu o segundo cartão amarelo numa falta sobre Theo Hernández que o fez começar a sair de campo ainda antes de ver o vermelho e Florenzi acertou na trave na sequência do livre lateral, naquele que poderia ter sido o final de todas as contas. Ainda assim, o AC Milan tinha recuperado o domínio completo do encontro, sentenciado numa jogada simples onde Ibrahimovic amorteceu com o peito para Rafael Leão, o português isolou-se com um toque de cabeça para a frente e não deu hipóteses perante o companheiro de Seleção Rui Patrício fazendo o 3-1 a oito minutos do final, tendo ainda tempo para sofrer uma falta de Mancini na área que valeu a segunda expulsão aos romanos e a possibilidade de Rui Patrício defender a grande penalidade batida por Zlatan Ibrahimovic (90+3′).

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