Não é classista, diz. Tão depressa senta-se confortavelmente com o presidente da Ferrari, John Elkann, como com os ex-colegas dos tempos em que trabalhava atrás do balcão. Ou com o empregado que lhe traz o café. Numa nova entrevista, desta vez ao El País, Georgina Rodríguez desvenda um pouco mais da vida privada que, em breve, deixará de o ser: o reality show que protagoniza está quase a chegar (estreia a 27 de janeiro na Netflix). Não que a exposição lhe dê medo. Afinal, Georgina está “orgulhosa” de quem é e de onde vem.

© georginagio/Instagram

O passado daquela que é mãe, influencer e modelo continua a despertar o interesse de quem com ela conversa, sobretudo porque a vida de Georgina mudou radicalmente assim que acedeu à constelação da estrela Cristiano. Sobre a vida pré-Ronaldo, recorda como nunca lhe faltou o básico, embora houvesse dias em que água corria fria: “É verdade que às vezes comia melhor e outras vezes pior, assim como às vezes tínhamos água quente e às vezes não”. Em entrevista conta também que aos 18 anos aceitou uma oferta de trabalho num hotel numa cidade muito pequena, perto de Barbastro, a duas horas e meia de onde vivera até então, e que a mãe deu-lhe 100 euros para a mão. “Foi assim que comecei a ter um salário, a pagar uma renda e a levar uma vida independente.”

“Se me importasse com o que as pessoas pensam, ficava escondida em casa.” O reality show de Georgina Rodríguez está quase aí

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Chegou a enviar o currículo para a espanhola Inditex, mas foi na Massimo Dutti, em Madrid, que começou. “Quando entrei numa loja de luxo foi como entrar num museu.” Tantos anos depois, diz que há uma diferença entre a moda e o luxo: “É a moda que me interessa, não o luxo, porque o luxo é muito relativo”. O luxo, diz, pode ser ir ao campo e comer uma sandes de chouriço.

Embora a promoção do reality show dê destaque ao facto de Georina ter começado por vender malas e agora colecioná-las, a namorada de Cristiano Ronaldo assegura que gostou tanto de trabalhar num restaurante, e receber gorjetas de dois euros, como a vender malas. A “satisfação diária” era ir para casa a pensar que tinha feito um bom trabalho. Mas da vida passada diz que a única coisa de que sente falta é sair à rua tranquilamente e não ser reconhecida, embora viver rodeada de guarda-costas não seja um incómodo: No final, eles facilitam a minha vida”.

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Confirma ainda que prefere viajar de jato privado — se tivesse de passar duas horas no aeroporto, preferia não viajar. “Digo isso porque, quando vou com o Cristiano, as pessoas não veem mais nada além dele. Saltam para cima dele e não se importam que estejas com quatro filhos e carregada com malas. (…) Preocupo-me com os meus filhos.”

Em pequena nunca se interessou muito por futebol, mas sim pela dança — continua, aliás, a não ser fã do desporto e, em casa, não o discute com o companheiro. “[O futebol] começou a interessar-me mais tarde porque me interesso pelo que faz o meu parceiro, mas não sou fã de futebol.” Já sobre Cristiano, diz que “é o melhor jogador do mundo” e que está muito bem financeiramente “porque teve cabeça e fez bons negócios”. “Além de ser um homem lindo e perfeito.”