O fundo de capital de risco Indico Blue Fund, de 50 milhões de euros, já angariou 36 milhões para investir na economia do mar em Portugal, podendo alocar entre 100 mil e 5 milhões de euros a ‘startups’ nacionais.
De acordo com um comunicado da Indico Capital Partners a que a Lusa teve acesso, o fundo de capital 100% privado, que será apresentado na segunda-feira, está “vocacionado para startups e para PME [pequenas e médias empresas] exportadoras”.
“Com 50 milhões de euros, dos quais já foram angariados 36 milhões em apenas quatro meses de subscrição, será o primeiro fundo ativo em Portugal integralmente consagrado à economia do mar”, refere a Indico no texto.
De acordo com uma brochura de apresentação, o fundo “de ação climática focado em empresas da economia azul em estágios embrionários e em crescimento” tem como objetivo “primário, mas não exclusivo”, o investimento em empresas alinhadas com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas para a vida subaquática.
O objetivo é cobrir “todo o ciclo de vida das empresas”, com investimento em setores como o ‘oceano digital’, pescas sustentáveis, turismo costeiro, energia, construção e reparação de navios, serviços, aquacultura sustentável, biotecnologia ‘azul’, operações marítimas e resíduos e economia circular.
O Indico Blue Fund, refere a empresa, “estará não só orientado para a inovação, exportações e para o desenvolvimento tecnológico, mas também para a sustentabilidade procurando medir o impacto das empresas nos oceanos e desenvolver soluções que mitiguem os efeitos das alterações climáticas”.
A apresentação de segunda-feira contará com a participação do Fórum Oceano, associação do ‘cluster’ da economia do mar, da qual a Indico Capital Partners é membro.
A Indico conta ainda com a colaboração do “ecossistema azul português”, identificado na brochura, além do Fórum Oceano, com instituições universitárias como a Universidade do Porto, Universidade de Aveiro, Instituto Superior Técnico (Lisboa) e Politécnico de Leiria.
Nesse ecossistema estão também envolvidos, nos Açores, a Escola do Mar, o Nonagon – Parque de Ciência e Tecnologia de São Miguel, o Terinov e o Praia Links, na Madeira o Observatório Oceânico e a Startup Madeira, e ainda a Smart Ocean, de Peniche (distrito de Leiria).