Portugal está “muito bem posicionado”, no mercado de dados digitais, para ligar Europa, América, África e Médio Oriente/Ásia, de acordo com as conclusões de um estudo da Deloitte, esta segunda-feira divulgado.
Assim, lê-se num comunicado, “Portugal está muito bem posicionado para ser uma peça chave na estratégia europeia de dados, porque reúne um conjunto de condições únicas para ligar a Europa a mercados como a América do Norte, América do Sul, África e Médio Oriente/Ásia”.
O estudo da consultora, que diz que Portugal é uma “joia escondida da conectividade” na Europa, acrescenta que “com uma posição geográfica central na ligação de diversas regiões do mundo” o país “está no local e ‘timing’ certos para beneficiar da explosão do mercado digital de dados que nos últimos anos assistiu a um aumento exponencial no volume, devendo a quantidade de dados criados, consumidos e armazenados atingir mais de 180 zettabytes em 2025, 90 vezes superior à quantidade de dados de 2010”.
Ainda assim, alerta a Deloitte, “esses valores escondem disparidades de conectividade uma vez que a Europa fica atrás dos Estados Unidos, com a capacidade de largura de banda instalada no continente americano cerca de 106% superior aos mercados da Região Europa, Médio Oriente e África (EMEA), até o final de 2020”.
A Deloitte acredita que “Portugal reúne condições únicas para atrair os maiores ‘players’ tecnológicos que necessitam de expandir a sua oferta no mercado global de dados”, lê-se na mesma nota, onde a empresa defende que o país “surge como um local atrativo que responde aos requisitos de infraestruturas da Europa com uma conectividade competitiva, robusta e de grande alcance”.
Além disso, recorda a Deloitte, “o Governo português apoia os novos projetos de investimento, acelerando o processo de licenciamento”, sendo que “Portugal continua a ser um dos poucos países do mundo que tem atualmente ligações diretas aos cinco continentes e é reconhecido pela implantação da nova geração de cabos submarinos por empresas líderes, como Google e Facebook”.
De acordo com a consultora, Portugal apresenta várias vantagens, incluindo uma “posição geográfica privilegiada pelo Atlântico”, uma “vasta conexão com cabos submarinos alcançando 5 continentes”, ser “um ‘player’ chave na próxima geração de investimentos em cabos submarinos”, estar “bem conectado por terra aos principais ‘hubs’ europeus”, ter uma “rede terrestre de alta capilaridade fornecida por diferentes operadoras” e estar “na vanguarda da inovação com vários casos de sucesso”.
Este estudo da Deloitte foi apresentado pela portuguesa Start Campus no Pacific Telecommunications Council, em Honolulu, no Havai.