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Um “culto de violência” inspirado nos ataques em escolas nos Estados Unidos. É assim que fontes da investigação da Polícia Judiciária definem ao Diário de Notícias e ao Jornal de Notícias as motivações do jovem de 18 anos que foi detido esta quinta-feira por suspeitas de estar a preparar um ataque contra estudantes da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, afastando quaisquer motivações religiosas.
Natural de uma aldeia na zona da Batalha, mas a residir nos Olivais, em Lisboa, o jovem estudante de engenharia foi detido na posse de armas ilegais esta quinta-feira e foi indiciado pelo crime de terrorismo. O alerta foi dado pelo FBI, que detetou “conversas em chats nas quais intervinha o jovem português, onde este anunciava a intenção que tinha de cometer um atentado em Portugal”, de acordo com a CNN, que deveria acontecer já esta sexta-feira.
Fonte policial disse ao Observador que o jovem seria “vítima de violência” e o Correio da Manhã garante mesmo que seria vítima de bullying. A CNN diz que seria um jovem “extremamente inteligente”, mas “bastante reservado”. O Público também avança que o jovem, de “perfil discreto e introvertido”, absorvia de forma maciça informação sobre tiroteios como os que têm ocorrido de forma regular em várias escolas dos Estados Unidos ao longo dos últimos anos, como Columbine (1999), Sandy Hook (2012) e Parkland (2018). O JN diz mesmo que o objetivo do ataque desta sexta-feira seria o de replicar um atentado desse género.
A PJ, porém, não encontrou armas de fogo na casa do estudante. Encontrou sim outro tipo de armas: o Observador sabe que o estudante teria bestas na residência; o DN diz que na residência havia catanas, armas brancas e botijas de gás; a CNN refere garrafas com gasolina e isqueiros. Em outubro, um atentado na cidade de Kongsberg, na Noruega, também foi levado a cabo com recurso a arco e flechas, tendo morrido cinco pessoas.
O ataque do jovem estudante português estaria “planeado ao pormenor” e posto por escrito, de acordo com a CNN. O seu objetivo seria o de “cometer o maior número possível de homicídios sobre colegas universitários”.