As Universidades são o local privilegiado de contratação de novos trabalhadores da tecnológica portuguesa Critical Software, que gosta de se apresentar como uma escola de engenharia, ao apostar na formação prática dos seus colaboradores.

“Vamos buscar alguns [colaboradores] fora, mas o nosso sítio privilegiado são as universidades. Desde muito cedo que tivemos de trabalhar na questão de treinarmos as pessoas, suportarmos o crescimento e fazermos crescer as pessoas que trabalham connosco”, disse à agência Lusa João Brito, administrador da Critical Software.

O também diretor de High Integrity Systems da tecnológica portuguesa sediada em Coimbra, frisou que a Critical Software tem “uma capacidade grande” de treinar os seus novos colaboradores “que saem da Universidade, obviamente com boas bases”, lembrando que o faz “há muitos anos”.

Para o efeito, criou, em 2010 e em parceria com o banco BPI, a iTGrow, uma empresa “focada única e exclusivamente naquilo que são os primeiros anos das pessoas no mercado de trabalho”.

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“Isso permitiu, muito facilmente, perceber como acompanhar as pessoas, dar-lhes treino acrescido e um contexto onde elas pudessem crescer“, sublinhou João Brito.

Reafirmando que a “maior parte” das contratações da Critical Software, “obviamente não exclusivas, fazem-se junto das universidades ou pessoas que estão muito no início da carreira”, o gestor frisou que a tecnológica se apresenta “tanto externamente como internamente, a todos os que entram, como uma escola de engenharia”.

“Uma escola prática, não uma escola teórica, e é isso que nos permite, depois, crescer tão rapidamente quando é necessário, porque o mercado de trabalho está exigente e com muita procura e a capacidade de treinar e poder internalizar as pessoas à saída da universidade é melhor”, enfatizou.

Questionado sobre a manutenção desses colaboradores na empresa, numa área muito competitiva no mercado de trabalho, João Brito classificou-a como “essencial”.

“Não podemos fazer isto para passados dois anos deixar sair metade das pessoas, passar o período de investimento sem depois ter as pessoas a trabalhar connosco. Aí o ‘turnover’ tem de ser muito baixo e a preocupação com as pessoas tem de ser muito alta, sabendo que o mercado de trabalho está ao rubro para quem trabalha”, notou.

A esse propósito, João Brito classifica a área tecnológica como “completamente diferente de quase todas as outras áreas do país”.

“Esta é uma área em que eu digo que é bom ser empregado, mais do que ser empregador. Para ser empregador, o nível de exigência é muito alto para mantermos as pessoas contentes e dar-lhes os desafios e oportunidades que elas procuram para as podermos manter”, enunciou o diretor da Critical Software.

“A vantagem é que a nossa equipa só conta com pessoas que queiram cá estar. Não temos cá ninguém que esteja a contragosto, mas, simplesmente, porque tem contas para pagar teria de cá continuar. E, obviamente, isto dá também um gozo especial a quem tem de gerir estas pessoas, porque são pessoas altamente motivadas e que obviamente vão contribuir de forma muito especial para aquele que é o nosso sucesso do dia-a-dia”, sublinhou João Brito.