Nunca ficava em branco, poderia ter quatro ou cinco sets, acabava sempre da mesma forma. Sporting e Benfica cumpriam este sábado no Centro Cultural de Viana do Castelo o quinto dérbi da temporada ainda antes do playoff final do Campeonato que poderá colocar de novo os dois conjuntos em confronto e sempre com vitória dos encarnados até ao momento na Supertaça e nas duas primeiras fases do Campeonato. Até por isso, o favoritismo dos atuais campeões era natural mas não assumido por ambas as partes.
“A equipa vai chegar bem ao fim de semana e preparada para um jogo de alto nível, como são todos entre o Benfica e o Sporting. Já não há muito para descobrir entre os jogadores das duas equipas. É uma questão de saber quem vai jogar de início de cada um dos lados, pode haver algumas surpresas em termos táticos, mas, no que diz respeito às características individuais dos atletas, elas são bem conhecidas. As expectativas são de um jogo muito equilibrado e espero que os jogadores estejam no seu melhor para trazerem a vitória”, destacara Marcel Matz, técnicos dos encarnados, no lançamento da Final Four da Taça.
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“As ambições do Sporting não são diferentes das que apresentam as restantes equipas: tentar chegar à grande final, tal como no ano passado. O jogo é com uma grande equipa, o Benfica, que disputa bastante os jogos. Será duro mas esperamos fazer uma grande prestação e que seja um grande jogo de voleibol. Vamos defrontar uma equipa com um plantel muito bom, que sobe e dificulta o sistema ofensivo. Esperamos conseguir fazer uma boa partida e anular as qualidades do Benfica”, respondera Gersinho, treinador dos leões que enaltecera também o espírito de fair play que marcara a antecâmara da competição.
Até em termos estatísticos, todas as contas pesavam e muito para o lado do conjunto da Luz que, nos 21 jogos feitos contra o Sporting depois da emocionante final do Campeonato de 2017/18 ganha pela formação verde e branca nas vantagens da “negra” do quinto e último jogo ganhara 19. Curiosidade? Uma das duas derrotas tinha sido no único encontro a contar para a Taça de Portugal, a final de 2020/21. E também esse desaire foi “vingado”, com mais um triunfo por 3-1 que apurou a equipa para o encontro decisivo da prova também em Viana do Castelo frente ao Fonte Bastardo, que bateu o V. Guimarães por 3-1.
Os encarnados começaram melhor o primeiro set, chegaram a vantagens de três pontos, permitiram um parcial de 3-0 do Sporting para empatar antes de reverter na mesma moeda com Ivo Casas a fazer em duas ocasiões de Tiago Violas tão bem ou melhor do que o distribuidor que foi uma das grandes figuras mas um bloco de Gallego colocou pela primeira vez os leões na frente em 19-18, antes de três pontos seguidos que fecharam o parcial inicial com uma vitória de 25-22 para o Sporting. A equipa de Gersinho ficava ainda mais confiante e iniciou o segundo set com uma vantagem de 3-0 mas o Benfica foi conseguindo equilibrar, passou para a frente com 9-8, chegou a ter quatro pontos de avanço com Raphael Oliveira e André Aleixo e fechou com 25-23 apesar da boa exibição do jovem José Masso que pecava só (e muito) no serviço.
Chegava o terceiro set, aquele que nos dérbis da presente temporada tem sido determinante como voltou a acontecer no Pavilhão João Rocha na semana passada em que foi apenas decidido nas vantagens. Contudo, beneficiando de várias falhas no serviço e nos ataques, o Benfica foi conseguindo uma margem confortável na parte final de um parcial que ganhou por 25-20. Os encarnados estavam a um set de voltar à final da Taça de Portugal mas foram os leões que entraram e dominaram mais de metade do parcial, passando de vantagens de três pontos para desvantagens de dois até ao final depois de um serviço muito discutido que foi dado como fora e que desestabilizou a equipa até ao triunfo por 25-22 dos encarnados.