A entrada em funcionamento da Carris Metropolitana, novo sistema de transporte rodoviário da Área Metropolitana de Lisboa, em 1 de junho, vai acabar com 902 tipologias de bilhetes e são criadas três novas, foi anunciado quinta-feira.
Com a nova criação da entrada em vigor do novo sistema de transporte rodoviário a 1 de junho e 1 de julho, temos de adaptar o novo sistema de bilhetes, o que chamamos ocasionais, à nova rede porque os operadores desaparecem como tal”, começou por explicar o primeiro-secretário metropolitano, Carlos Humberto, em declarações à agência Lusa.
De acordo com o responsável, os operadores como a Vimeca ou a Transportes Sul do Tejo “desaparecem e são substituídos por um serviço que tem uma marca que é a Carris Metropolitana”.
“Portanto, toda a lógica de funcionamento de bilhetes da Vimeca ou da Rodoviária de Lisboa desaparecem porque deixam de prestar serviço“, acrescentou, sublinhando que os utentes vão ter de passar a comprar bilhetes que são da Carris Metropolitana de Lisboa.
Segundo Carlos Humberto, todos os bilhetes usados atualmente, e que podem ser utilizados até 1 de junho ou 1 de julho, vão deixar de existir, salientando que se trata de “uma filosofia completamente distinta” da que existia até agora.
“Todos desaparecem, são 902 tipologias de bilhetes que desaparecem e são criadas três novas tipologias, compra a bordo ao motorista ou pré-comprado”, disse.
Carlos Humberto lembrou que a nova bilhética irá começar a ser já implementada em 1 de junho, quando entrar em funcionamento a Carris Metropolitana na área 4, a de menor dimensão relativa aos municípios da margem Sul: Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal.
Para as restantes áreas, 1, 2 e 3, a nova bilhética entra em ação em 1 de julho.
A Carris Metropolitana, marca única e integrada dos transportes urbanos da Área Metropolitana Lisboa, vai ser lançada oficialmente na sexta-feira, em Lisboa.
Em termos de circulação de transportes, a AML ficou dividida por quatro áreas, sendo que a área 1 engloba as carreiras dos municípios da Amadora, Oeiras e Sintra, e intermunicipais de ligação a Lisboa e Cascais, que vão ser operadas pela empresa Viação Alvorada, tendo 133 linhas (35 das quais novas).
Já a área 2, corresponde aos municípios de Mafra, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira (operados pela empresa Rodoviária de Lisboa) e intermunicipais de ligação a Lisboa, com 218 linhas (31 novas), enquanto a área 3 corresponde a Almada, Seixal e Sesimbra, que será operada pela empresa Arriva, e intermunicipais de ligação ao Barreiro e Lisboa, com 116 linhas (43 novas).
A área 4 diz respeito aos municípios de Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal, será operada pela empresa Alça Todi, e intermunicipais de ligação ao Barreiro e Lisboa, prevê 111 linhas (21 novas), e é a primeira a entrar em funcionamento, em 1 de junho.
A nova bilhética será da responsabilidade do orçamento da Transportes Metropolitanos de Lisboa, empresa responsável por toda a operação de serviço público de transporte rodoviário de passageiros municipal e intermunicipal através da Carris Metropolitana, marca única e integradora da operação rodoviária, sendo também responsável pela gestão do sistema de bilhética do Metropolitano.