A invasão russa da Ucrânia já fez pelo menos 3.675 vítimas civis, incluindo 1.480 mortos e 2.195 feridos, a maioria das quais atingidas por armamento explosivo de grande impacto, indicou esta terça-feira a ONU.
No relatório diário de vítimas civis confirmadas desde o início da ofensiva militar russa na Ucrânia, em 24 de fevereiro, o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) contabilizou, até às 24h00 de segunda-feira (hora local), 165 crianças entre os mortos e 266 entre os feridos.
A Alto-Comissariado da ONU acredita que estes dados sobre as vítimas civis estão, contudo, muito aquém dos números reais, sobretudo nos territórios onde os ataques intensos não permitem recolher e confirmar a informação.
Em território ocupado pelos movimentos separatistas pró-russos já houve 324 vítimas, incluindo 67 mortos e 257 feridos.
Em outras regiões da Ucrânia – a cidade de Kiev e as regiões que estavam sob controlo do Governo quando ocorreram baixas – houve 2.136 vítimas, incluindo 1.006 mortos e 1.130 feridos.
O ACNUDH refere ainda que “a maioria das baixas civis foi causada pela utilização de armas explosivas com uma ampla área de impacto, incluindo bombardeamentos de artilharia pesada e sistemas de lançamento múltiplo de rockets, e por ataques aéreos e de mísseis”.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.