Paulo Mota Pinto escolheu como vices da bancada parlamentar André Coelho Lima, Ricardo Baptista Leite, Hugo Carvalho, Catarina Rocha Ferreira e Paulo Rios de Oliveira, o que significa que o próximo líder do PSD terá de lidar necessariamente com uma herança pesada do rioísmo na Assembleia da República.

André Coelho Lima é vice-presidente do PSD e uma das figuras mais influentes junto de Rui Rio. Ricardo Baptista Leite (que transita da anterior direção) foi promovido à primeira liga do combate político pelo ainda presidente do partido e um dos protagonistas que emergiu durante o combate à pandemia — destaque que lhe valeu uma candidatura a Sintra.

Catarina Rocha Ferreira também transita da anterior direção da bancada, dirigida por Adão Silva, e faz parte do Conselho Estratégico Nacional do PSD. Hugo Carvalho foi uma das grandes apostas de Rui Rio em 2019, como cabeça de lista pelo Porto, e repetiu a experiência em 2022 desta vez como número um por Viseu.

Paulo Rios de Oliveira está com Rui Rio desde 2018 e ganhou mais protagonismo nestas últimas legislativas. A estes nomes junta-se ainda Fátima Ramos, deputada eleita por Coimbra, e Paula Cardoso, escolhida por Aveiro.

A representação do rioísmo não se esgota aqui. Como secretários do grupo parlamentar, Mota Pinto mantém Hugo Carneiro, secretário-geral adjunto do PSD e um dos homens de maior confiança de Rui Rio, e escolhe ainda Sofia Matos, cabeça de lista pelo Porto nas últimas legislativas, candidata derrotada à liderança da JSD apoiada e uma das grandes apoiantes de Rio na última campanha.

Os nomes têm de ser ainda votados pelos restantes deputados sociais-democratas. As eleições estão marcadas para quinta-feira e serão um primeiro teste à coesão do partido.

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