Sessenta e quatro pessoas que viviam na rua vão passar a ter habitação, através de cinco protocolos assinados este sábado, segundo a ministra Ana Mendes Godinho, sendo objetivo ajudar mais mil pessoas nos próximos 12 meses.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social disse à agência Lusa que vão ser ainda assinados mais cinco protocolos no âmbito da Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas em Situação de Sem-Abrigo (ENIPSSA).

“São cinco protocolos com associações para atribuir resposta no âmbito de ‘housing first’ e apartamentos partilhados a 64 pessoas”, disse Ana Mendes Godinho.

Um dos protocolos é com a Instituição VITAE — Associação de Solidariedade e Desenvolvimento Internacional, em regime ‘housing first’ para 40 pessoas, enquanto os outros quatro protocolos são para apartamentos partilhados para 24 pessoas, distribuídos pelas associações Instituição VITAE — Associação de Solidariedade e Desenvolvimento Internacional (Sintra e Lisboa), Instituição AVA — Associação Vida Autónoma (Lisboa), Instituição Obra Gay –Associação Opus Diversidades (Lisboa).

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Segundo a ministra, durante o último ano foi possível retirar da rua mais de mil pessoas que, entretanto, tiveram acesso a uma resposta habitacional.

“O objetivo dessas respostas, que serão respostas diferentes do alojamento mais tradicional, são para garantir que há um acompanhamento integrado das pessoas que são abrangidas pelo ‘housing first’ e pelos apartamentos partilhados, para terem um acompanhamento personalizado, com equipas profissionais transversais, com uma abordagem integrada para promover a autonomia e a integração e a inserção social”, salientou a ministra.

De acordo com Ana Mendes Godinho, “o objetivo é continuar este ritmo” e manter a capacidade de resposta, conseguir para os próximos doze meses mais mil lugares habitacionais, entre as respostas ‘housing first’ e apartamentos partilhados.

A ministra destacou que estas são respostas que incluem equipas de acompanhamento e que resultam de um trabalho conjunto com as autarquias de todo o país e com associações “para garantir que há um acompanhamento personalizado por equipas multidisciplinares para a reintegração destas pessoas”. “Seja a reintegração do ponto de vista social, seja a reintegração também no mercado de trabalho”, disse.

Relativamente ao trabalho feito até agora, Ana Mendes Godinho apontou que cada pessoa sem-abrigo é um caso diferente e que, por isso, “tem havido situações mais bem-sucedidas e outras menos”.

“A nossa missão é nunca desistir e ir encontrando formas eficazes de responder, mas temos a sinalização de situações muito positivas que têm acontecido, nomeadamente com a fase de transição concluída, em que algumas destas pessoas já passaram depois para uma fase de autonomização”, salientou.

A assinatura dos protocolos está agendada para a tarde de sábado, na sede do Instituto da Segurança Social, em Lisboa.