Não há “nenhuma preocupação” com o pacto de segurança, disse o chefe do Governo das Ilhas Salomão, Manasseh Sogavare, sobre o acordo assinado com a China, no mês passado.

Sogavare lamentou, na mesma ocasião, a “contínua falta de confiança” de outros países, numa referência às preocupações manifestadas pela Austrália e pelos Estados Unidos por recearem que Pequim possa estabelecer uma presença militar no arquipélago, a dois mil quilómetros de território australiano.

Sogavare denunciou um “risco de intervenção militar” por parte de países que podem considerar os seus interesses nas Salomão como estando em risco.

Por outras palavras (…) estamos sob ameaça de invasão, e é grave”, continuou o primeiro-ministro. “Estamos a ser tratados como num jardim-de-infância a andar por aí com colts 45 nas mãos, por isso temos de ser vigiados”, acrescentou.

Em resposta, Morrison sublinhou à imprensa ser preciso ser “calmo e moderado” nestas questões, acrescentando que Camberra lidava com a “família” de Estados do Pacífico como iguais, apesar da preocupação com o “arranjo secreto” entre as Ilhas Salomão e a China.

De acordo com Sogavare, o pacto de segurança com Pequim foi assinado porque, durante os motins no arquipélago, em novembro passado, as forças de manutenção da paz enviadas pela Austrália e outras nações do Pacífico tinham provado ser incapazes de proteger a embaixada e a comunidade chinesas nas Salomão.

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