Quando a 3 de abril de 2011, numa temporada memorável com André Villas-Boas no comando que teve o FC Porto, os dragões ganharam na Luz e conquistaram o Campeonato festejado de luz apagada e a rega ligada, dificilmente Pinto da Costa ou alguém poderiam imaginar que o futebol mudasse tanto ao longo de pouco mais de uma década. Porque o Benfica chegou ao seu primeiro tetra (falhando depois o penta, que continua a ser exclusivo dos azuis e brancos), porque o Sporting quebrou o seu jejum de títulos, porque Luís Filipe Vieira deixou a liderança dos encarnados após ter sido, porque o próprio FC Porto teve o maior período sem títulos com o atual presidente. Tudo aconteceu. E também os dragões voltaram a fazer a festa na casa do rival, depois de duas jornadas em que essa possibilidade acabou por ficar adiada.

Até o facto de ter sido com Sérgio Conceição tem um especial significado. Se é verdade que, ao longo de 40 anos, Villas-Boas foi aquele treinador que mais mostrou a devoção ao clube enquanto adepto (participando na vida social do clube, votando nas eleições e sendo mesmo apontado como um possível sucessor de Pinto da Costa na presidência), o técnico que chegou ao Dragão em 2017 conseguiu ser quase uma renovação do que era o FC Porto não só a nível de títulos mas também de identidade que se perdera antes.

Com Sérgio Conceição, que Pinto da Costa vê quase como um filho ou como um irmão mais novo, a equipa dos azuis e brancos voltou a ganhar o ADN FC Porto, quebrou o maior jejum de títulos das últimas quatro décadas, ganhou o sexto título nacional estando ainda na final da Taça de Portugal, passou três vezes a fase de grupos da Champions com duas idas aos quartos e fez história em muitos outros registos como a maior série de sempre sem derrotas no Campeonato. Com isso, voltou a iluminar a rota dos títulos.

Ao todo, e contando com a Segunda Liga de 2016, Pinto da Costa atingiu o 65.º título só no futebol, entre os quais sete internacionais onde nunca o clube tinha chegado, reforçando o estatuto de presidente com mais vitórias no plano nacional entre muitos recordes incluindo o da longevidade no cargo à frente do mítico Santiago Bernabéu, o número 1 que construiu a versão mais “nobre” do que é hoje o Real Madrid. Em paralelo, Pinto da Costa conta já com um palmarés de quase 1.350 títulos entre as outras modalidades.

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  • 2 Taças dos Campeões Europeus/Liga dos Campeões (1987 e 2004)
  • 2 Taça UEFA/Liga Europa (2003 e 2011)
  • 2 Taças Intercontinentais (1987 e 2004)
  • 1 Supertaça Europeia (1987)
  • 23 Campeonatos (1985, 1986, 1988, 1990, 1992, 1993, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2003, 2004, 2006, 2007, 2008, 2009, 2011, 2012, 2013, 2018, 2020 e 2022)
  • 13 Taças de Portugal (1984, 1988, 1991, 1994, 1998, 2000, 2001, 2003, 2006, 2009, 2010, 2011 e 2020)
  • 21 Supertaças (1983, 1984, 1986, 1990, 1991, 1993, 1994, 1996, 1998, 1999, 2001, 2003, 2004, 2006, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2018 e 2020)
  • 1 Segunda Liga (2016)

A lista de quase 1.350 troféus conseguidos em várias modalidades tem os seguintes números no coletivo:

  • Atletismo: 508
  • Bilhar: 194
  • Hóquei em patins: 131
  • Ténis de mesa adaptado: 99
  • Basquetebol: 63
  • Ciclismo: 58
  • Andebol: 47
  • Futebol formação: 36
  • Boccia: 24
  • Boxe: 23
  • Voleibol: 10
  • Halterofilismo: 6
  • Karaté: 6
  • Patinagem artística: 5
  • Futebol de cinco adaptado: 5
  • Futebol de sete adaptado: 4
  • Natação adaptada: 4
  • Ténis de mesa: 4
  • Yoseikan: 4
  • Ginástica: 2
  • Basquetebol adaptado: 2
  • Futebol de praia: 1
  • Pesca desportiva: 1