A emoção voltou a marcar o final da peregrinação de 13 de maio ao Santuário de Fátima, com milhares de lenços brancos a serem acenados na procissão do Adeus.

Muitas lágrimas, acompanhadas de muitas palmas, acompanharam o percurso do regresso da imagem de Nossa Senhora de Fátima do altar do recinto até à Capelinha das Aparições.

Momentos antes, os momentos finais da peregrinação ficaram marcados com a bênção, pelo bispo de Leiria-Fátima, de uma imagem de Nossa Senhora destinada à catedral de Lviv, na Ucrânia, oferecida pelo Santuário de Fátima.

Santuário de Fátima oferece réplica da Imagem Peregrina a diocese ucraniana

José Ornelas, na saudação final aos peregrinos, deixou também o desejo de que “a presença materna de Maria, modelo da Igreja que cuida dos mais pequenos e frágeis, resplandeça neste momento difícil”, que se consubstancia ainda numa “pandemia que condiciona toda a humanidade e uma guerra que atinge com trágica e destrutiva ferocidade a Ucrânia”.

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Que a mensagem de paz que Ela nos veio trazer em Fátima seja acolhida no coração dos que alimentam esta guerra, a fim de que pare a barbárie e se possa construir o mundo novo, com justiça, solidariedade e paz”, acrescentou.

Presidida pelo Substituto para os Assuntos Gerais da Secretaria de Estado do Vaticano — que no final da eucaristia desta sexta-feira ofereceu um cálice ao Santuário de Fátima —, esta foi a primeira grande peregrinação sem as restrições impostas nos últimos dois anos pela pandemia de Covid-19.

Milhares de velas voltaram a iluminar o Santuário de Fátima na noite de 12 de maio

Milhares de peregrinos de norte a sul do país fizeram o caminho a pé até à Cova da Iria, com as autoridades a admitirem uma afluência “próxima da habitual em anos pré-pandemia”. Segundo os serviços do Santuário de Fátima, na procissão das velas, na noite de quinta-feira, terão estado no recinto cerca de 200 mil peregrinos, enquanto esta sexta-feira terão sido cerca de 170 mil os fiéis que estiveram no santuário.

Peregrinos cumprem em Fátima promessas “em atraso” por causa da pandemia