887kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Vai um Pablo, fica um Pedro: e mantém-se o salero em Alvalade (a crónica do Sporting-Santa Clara)

Este artigo tem mais de 2 anos

Sarabia despediu-se dos leões com um golo, Porro fez outro no último jogo como emprestado. Um vai embora, o outro fica: e o Sporting dançou com salero para golear o Santa Clara no adeus à época (4-0).

O lateral espanhol fez o segundo golo dos leões, já na segunda parte
i

O lateral espanhol fez o segundo golo dos leões, já na segunda parte

EPA

O lateral espanhol fez o segundo golo dos leões, já na segunda parte

EPA

Não é difícil perceber, entender e dar como dado adquirido que o paradigma do Sporting mudou. E mudou desde que Rúben Amorim chegou ao comando técnico da equipa principal: há alguns anos e durante muito tempo, uma temporada em que os leões ficavam no segundo lugar do Campeonato, conquistaram uma Taça da Liga e uma Supertaça e chegaram aos oitavos de final da Liga dos Campeões era francamente positiva. Agora, em 2022, é “zero”. 

“No futebol, é tudo ou nada. Ou se ganha e é 10, ou não se ganha e, num clube grande, é zero. Não gosto de estar a dar um número porque pode haver interpretações do que é um cinco, um sete ou um oito. No futebol, é tudo ou nada. Se não ganhámos o Campeonato, é nada”, disse o treinador leonino na antevisão da última jornada da Liga, em Alvalade, contra o Santa Clara de Mário Silva.

Ficha de jogo

Mostrar Esconder

Sporting-Santa Clara, 4-0

34.ª jornada da Primeira Liga

Estádio José Alvalade, em Lisboa

Árbitro: Hugo Miguel (AF Lisboa)

Sporting: João Virgínia (André Paulo, 79′), Pedro Porro, Luís Neto, Coates (José Marsà, 79′), Gonçalo Inácio, Nuno Santos, João Palhinha (Manuel Ugarte, 59′), Daniel Bragança, Pedro Gonçalves, Sarabia (Rodrigo Ribeiro, 63′), Bruno Tabata (Marcus Edwards, 59′)

Suplentes não utilizados: Adán, Matheus Nunes, Rúben Vinagre, Ricardo Esgaio

Treinador: Rúben Amorim

Santa Clara: Ricardo Fernandes, Pierre Sagna, João Afonso, Boateng, Paulo Henrique, Romão (Rúben Oliveira, 67′), Morita (Nené, 73′), Rui Costa (Pipe Gómez, 57′), Lincoln, Ricardinho (Óscar Barreto, 67′), Mohebi (Tagawa, 67′)

Suplentes não utilizados: Rodolfo, Mansur, Anderson Carvalho, Tassano

Treinador: Mário Silva

Golos: Bruno Tabata (41′), Pedro Porro (51′), Sarabia (56′), Marcus Edwards (78′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Rúben Oliveira (69′), a Daniel Bragança (71′), a Pipe Gómez (75′)

Este sábado, frente aos açorianos, o Sporting encerrava uma temporada em que falhou o objetivo da revalidação do título mas esteve dentro das contas da conquista da Primeira Liga até à penúltima jornada — para além de, mais uma vez, ter vencido a Taça da Liga e a Supertaça e chegado aos oitavos de final da Liga dos Campeões. Contra o Santa Clara, os leões pretendiam despedir-se de Alvalade e dos adeptos com uma vitória, até para chegar aos 85 pontos da época passada e ficar a seis pontos do FC Porto, mas também vingar a surpreendente derrota sofrida em Ponta Delgada na primeira volta.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Rúben Amorim anunciou o onze inicial logo na conferência de imprensa de antevisão e não entrou em bluff: João Virgínia era titular na baliza, Luís Neto era o terceiro central e Nuno Santos surgia na ala esquerda, Daniel Bragança substituía Matheus Nunes e Sarabia, Pote e Tabata formavam o trio ofensivo. Do outro lado, o japonês Morita, que tem sido alvo do interesse do Sporting mas também do FC Porto, estava no onze inicial de Mário Silva.

O Sporting começou claramente melhor, com a ficha ligada ao jogo, e Neto ficou muito perto de abrir o marcador logo nos instantes iniciais com um remate por cima na sequência de um canto (3′). Os leões demonstraram um claro ascendente ao longo do primeiro quarto de hora, totalmente inseridos no meio-campo adversário e com propensão para explorar o corredor direito onde Pedro Porro estava particularmente ativo, mas o Santa Clara começou a soltar-se. Os açorianos aproveitavam essencialmente a saída de bola menos assertiva da equipa leonina e tinham muita facilidade para lançar a velocidade na transição ofensiva.

Lincoln teve a primeira aproximação mais séria à baliza de João Virgínia, com um remate de longe que o guarda-redes defendeu (13′), e o jogo tornou-se mais intenso e discutido na zona do meio-campo, sem tombar realmente para nenhum dos lados. Mohebi protagonizou a melhor oportunidade de toda a primeira parte, ao aparecer na cara de Virgínia depois de um passe de Ricardinho na sequência de um erro de Coates (30′), mas o remate cruzado saiu ligeiramente ao lado. Antes, ao minuto 17, o Estádio José Alvalade levantou-se para ovacionar Pablo Sarabia, que fez este sábado o último jogo com a camisola do Sporting.

O Santa Clara estava muito confortável na partida, beneficiando de posse de bola e de aproximações constantes e recorrentes à área adversária, enquanto que o Sporting demonstrava algumas dificuldades para sair de forma rápida e eficaz e cometia muitos erros na primeira fase de construção. A eficácia, porém, acabou por fazer a diferença: Gonçalo Inácio abriu em Pote na esquerda, o avançado cruzou para a grande área, a defesa açoriana aliviou mal e Tabata, de primeira e à meia-volta, atirou em força para abrir o marcador (41′).

O Sporting foi para o intervalo a vencer o Santa Clara pela margem mínima em Alvalade graças ao golo do avançado brasileiro, que marcou pela terceira jornada consecutiva, mas teria de cometer menos erros na segunda parte para assegurar a vitória na despedida dos adeptos no derradeiro dia da temporada.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Sporting-Santa Clara:]

No segundo tempo, o Sporting voltou a entrar melhor e quase aumentou a vantagem logo nos primeiros instantes, com Sarabia a atirar cruzado para uma defesa atenta de Ricardo (46′). O segundo golo, porém, só foi adiado por escassos minutos: Pote lançou Nuno Santos na esquerda, o ala tirou um cruzamento perfeito para o segundo poste e Porro, sozinho, atirou em força de primeira para voltar a bater Ricardo (51′). Os leões confirmavam a entrada forte depois do intervalo e, antes ainda da hora de jogo, faziam xeque-mate com o terceiro golo por intermédio de Sarabia (56′), que respondeu da melhor maneira a uma assistência de Pote e despediu-se em beleza de Alvalade e do clube.

Mário Silva mexeu pela primeira vez para trocar Rui Costa por Pipe Gómez e Rúben Amorim respondeu com Marcus Edwards e Manuel Ugarte, que substituíram Bruno Tabata e João Palhinha. Instantes depois, momento para mais uma ovação em Alvalade: Sarabia saiu para deixar entrar Rodrigo Ribeiro, pouco depois de marcar, e o estádio (e o banco de suplentes) voltou a levantar-se para se despedir do internacional espanhol, que ficou visivelmente emocionado.

Até ao fim, já pouco aconteceu à exceção de um enorme golo de Marcus Edwards, de fora de área e com um pontapé brilhante, que confirmou a goleada (78′). Mário Silva ainda esgotou as alterações, Rúben Amorim teve tempo para proporcionar as estreias de André Paulo e José Marsà na Primeira Liga e o jogo caiu naturalmente em ritmo e intensidade, com os leões a gerirem tranquilamente a vantagem e os açorianos a não terem a capacidade de discutir o resultado.

O Sporting goleou o Santa Clara em Alvalade, igualou os 85 pontos da época passada e terminou a temporada com quatro vitórias consecutivas. Pablo Sarabia despediu-se dos leões com um golo, Pedro Porro fez outro no último jogo como emprestado — vai um Pablo, fica um Pedro. E a equipa de Rúben Amorim vai continuar a dançar com muito salero.

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça até artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.