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Mapa da guerra. O que se sabe sobre o 97.º dia do conflito

Este artigo tem mais de 2 anos

Von der Leyen não excluiu a possibilidade de um novo pacote de sanções à Rússia. Confrontos continuam no leste do país, onde pelos menos três pessoas morreram e seis ficaram feridas.

Russian attacks on Ukraine
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No campo de batalha as últimas horas foram de avanços e também de recuos para as tropas ucranianas.

Anadolu Agency via Getty Images

No campo de batalha as últimas horas foram de avanços e também de recuos para as tropas ucranianas.

Anadolu Agency via Getty Images

Terminou o segundo segundo julgamento por crimes de guerra na Ucrânia. Dois soldados russos foram condenados a a 11 e meio de prisão por bombardearem uma cidade no leste do país. A procuradora-geral da Ucrânia anunciou que cerca de 80 russos suspeitos de crimes de guerra vão ser acusados, sendo que já foram identificados mais de 600 suspeitos.

No final da reunião do Conselho Europeu, a presidente da Comissão Europeia indicou que os fornecimentos de energia fora da Rússia para a UE “duplicaram em 2022 no primeiro trimestre” e não excluiu a possibilidade de um novo pacote de sanções à Rússia. Já o presidente do Conselho Europeu disse que a UE está a estudar os corredores alternativos pelos quais podem ser escoados os cereais da Ucrânia. E Zelensky mostrou-se “grato” pelo embargo do petróleo russo, confiante em que isto fará a Rússia ficar isolada e “perder economicamente”;

Mas no campo de batalha as últimas horas foram de avanços e também de recuos para as tropas ucranianas. Por um lado, a Ucrânia anunciou ter recuperado o controlo de uma aldeia perto de Kherson, uma região que está quase totalmente sob controlo russo. Por outro lado, as tropas russas estão, aos poucos, a avançar em direção ao centro da cidade de Sievierodonetsk, na região do leste do país Lugansk. Entretanto, complica-se a situação em Donbass, com os governadores de Donestk e Lugansk a fazerem balanços sobre o nível de destruição (quase total) das infraestruturas e a apelarem à evacuação das cidades.

É, de facto, no leste do país que se centram os confrontos. Em Donetsk, mais concretamente em Sloviansk, um ataque aéreo matou três pessoas e feriu seis.

Aqui fica um ponto da situação, para ficar a par de tudo o que aconteceu nas últimas horas da guerra na Ucrânia. Pode ler também o liveblog do Observador, onde todas as notícias sobre o conflito são atualizadas ao minuto.

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Mapa atualizado pela última vez a 31 de maio

O que aconteceu durante a noite?

  • Com a região de Donbass no centro do conflito, o governador de Lugansk confirmou à Sky News que as forças russas controlam atualmente cerca de 70% da cidade de Severodonetsk. Serhiy Hayday classificou a vida na cidade, neste momento, como um “inferno”, com constantes bombardeamentos, sem luz, água ou eletricidade.
  • No Telegram, o governador admitiu ainda que “a infraestrutura crítica da cidade [Severodonetsk] foi destruída em quase 100% e 90% do parque habitacional foi danificado”. E avançou que um ataque aéreo das tropas russas atingiu uma fábrica de produtos químicos em Severodonetsk.
  • Também a situação em Donetsk torna-se cada vez mais complicada. O governador regional, Pavlo Kyrylenko, disse no Telegram que um ataque de um rocket na cidade de Sloviansk matou três pessoas e feriu outras seis. E deixou um apelo: “Não há lugares seguros na região de Donetsk, por isso peço mais uma vez: evacuem — salvem as vossas vidas”.
  • Foi divulgado mais um balanço da ONU que indica que já morreram, desde o início da guerra, 4.113 civis – sendo que 264 eram crianças.
  • O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse no seu discurso noturno “estar grato” pelas sanções impostas à Rússia neste sexto pacote, garantindo que isto “deixará a Rússia na periferia da economia mundial”. “Não será capaz de se adaptar, ou seja, será derrotada”.

O que aconteceu durante a manhã e tarde?

  • Dois soldados russos foram condenados por um tribunal ucraniano a 11 e meio de prisão por bombardearem uma cidade no leste da Ucrânia. É o segundo julgamento por crimes de guerra desde o início da invasão;
  • Numa conferência de imprensa após a reunião do Conselho Europeu, a presidente da Comissão Europeia indicou que os fornecimentos de energia fora da Rússia para a UE “duplicaram em 2022 no primeiro trimestre” e não excluiu a possibilidade de um novo pacote de sanções à Rússia. Ursula Von der Leyen disse ainda que espera uma “exportação recorde de cereais em 2022 e 2023 de 40 milhões de toneladas de cereais” e, por isso, apelou aos países não implementem restrições no comércio mundial;
  • Também a propósito da exportação de cereais, Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, disse que a UE está a estudar os corredores alternativos pelos quais podem ser escoados os cereais da Ucrânia;
  • No final da mesma reunião, António Costa congratulou-se pelo acordo dos Estados-membros no que respeita ao embargo do petróleo russo e salientou quatro pontos que considerou essenciais: o esforço comunitário no apoio aos refugiados; a decisão de conceder um apoio macroeconómico de 9 mil milhões de euros ao longo deste ano à Ucrânia; a suspensão dos direitos aduaneiros sobre todos os produtos com origem no país, para facilitar as exportações; e a criação de uma plataforma conjunta para a reconstrução da Ucrânia;
  • A Ucrânia reagiu ao novo pacote de sanções da UE contra a Rússia — que inclui o embargo parcial ao petróleo russo — considerando que não é suficiente para o país e defendendo que o ritmo das sanções tem sido lento;
  • O chanceler austríaco, Karl Nehammer, admitiu que o embargo ao petróleo russo vai ser “doloroso” para os Estados-membros e para Moscovo. Já o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, defendeu que as sanções vão tirar recursos à “máquina de guerra” russa;
  • A Ucrânia vai acusar cerca de 80 russos suspeitos de crimes de guerra, avançou a procuradora-geral da Ucrânia. Iryna Venediktova atualizou ainda o número de suspeitos identificados pelas autoridades ucranianas: mais de 600;
  • A Ucrânia avançou esta manhã que a Rússia controla metade de Severodonetsk. Já Moscovo fala em apenas “um terço”;
  • Pelo menos cinco pessoas morreram, incluindo um menino de 12 anos, e outras 15 ficaram feridas nas últimas 24 horas, na sequência dos bombardeamentos russos à região de Kharkiv;
  • O antigo Presidente russo Dmitry Medvedev considerou que as sanções contra a Rússia são dirigidas aos cidadãos comuns e são motivadas pelo ódio.
  • O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, anunciou que vai visitar a Arábia Saudita na quarta-feira, para um encontro com os homólogos do Conselho de Cooperação do Golfo. Já no próximo dia 8 de junho, irá à Turquia para discutir o estabelecimento de “corredores seguros” para o transporte de cereais ucranianos;
  • No final da cimeira extraordinária do Conselheiro Europeu, o Presidente francês, Emmanuel Macron, considerou as recentes conversas entre a Rússia e a Turquia “positivas”;
  • A empresa dinamarquesa do setor energético Orsted confirmou que a Rússia vai cortar o fornecimento de gás ao país esta quarta-feira, dia 1 de junho.
  • Lyudmila Denisova foi afastada do cargo de Comissária Parlamentar para os Direitos Humanos da Ucrânia;
  • Já morreram 32 jornalistas desde o início da guerra na Ucrânia;

O que aconteceu durante a madrugada?

  • Depois de os líderes da União Europeia terem imposto um embargo parcial ao petróleo russo, a Rússia já veio dizer que vai encontrar “outros importadores”. A UE tinha decidido, na noite de segunda-feira, implementar sanções que vão reduzir as importações de petróleo da Rússia até ao final do ano em cerca de 90%. 
  • Termina esta terça-feira a reunião de chefes de Estado e de Governo dos Estados-membros da UE, presidida por Charles Michel, presidente do Conselho Europeu. Depois da decisão do embargo, o último dia da cimeira será marcado por questões relacionadas com a defesa, a energia e a segurança alimentar.
  • Acontece pela primeira vez desde que a Rússia tomou Mariupol: um navio partiu do porto da cidade (e foi em direção a leste). A notícia é avançada pela agência de notícias russa Interfax, que cita o líder separatista pró-russo de Donetsk.
  • Um estudo da Kyiv School of Economics concluiu que pelo menos 1.037 empresas ocidentais saíram da Rússia desde o início da invasão, a 24 de fevereiro. Ainda assim, há muitas empresas ocidentais que não alteraram a atividade no país: se 50,2% anunciaram a saída, outras 21,2% reduziram as operações ou suspenderam investimentos, mas cerca de 28,6% continuaram no país tal como antes da invasão, sem alterar a atividade.
  • A Ucrânia anunciou ter recuperado o controlo de uma aldeia perto de Kherson. “O inimigo deixou a aldeia de Mykolaivka, no norte da região de Kherson”, indicou o exército ucraniano, num boletim publicado segunda-feira à noite, referindo-se à retirada “em pânico” de soldados russos.
  • Por outro lado, as tropas russas estão, aos poucos, a avançar em direção ao centro da cidade de Sievierodonetsk, na região do leste do país Lugansk, de acordo com o governador Serhiy Gaidai, citado pela Reuters.
  • Três pessoas morreram e seis ficaram feridas num ataque aéreo em Sloviansk, na região de Donetsk. A informação foi revelada esta terça-feira pelo governador da região, Pavlo Kyrylenko, segundo o The Kyiv Independent.
  • Mykhailo Podolyak, conselheiro do Presidente ucraniano, indicou que não há negociações entre a Ucrânia e a Rússia a decorrer no campo político e diplomático, apenas a nível humanitário, para a retirada de civis ou troca de prisioneiros.

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