E ao 16.º jogo, ainda não aconteceu: Portugal continua sem conseguir vencer Espanha em território espanhol. A Seleção Nacional leva agora 10 derrotas e seis empates, sendo que a partida desta quinta-feira foi também a quinta igualdade consecutiva entre as duas equipas. A seleção portuguesa está assim invicta frente aos espanhóis há seis partidas, já que a última derrota foi já no Mundial 2010, há mais de uma década.

Enquanto Gavi dava frutos, Ricardo entrou para mostrar que prefere a Horta (a crónica do Espanha-Portugal)

No que toca à Liga das Nações, Portugal permanece sem derrotas fora de portas depois de seis jogos. Com este empate, a Seleção está agora em igualdade pontual com Espanha no Grupo 2 da Liga A da competição, com um ponto conquistado, sendo que a República Checa é líder por ter vencido a Suíça em Praga também esta noite.

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Já após o apito final, Fernando Santos justificou uma das notícias da noite: o facto de Cristiano Ronaldo não ter sido titular. “Perguntam muitas vezes o porquê de ele ser titular, é a pergunta de um milhão. Entendi que, para este jogo, era melhor utilizar os jogadores que utilizei. Foi uma opção técnica e tática para este jogo, pareceu-nos a melhor solução para a forma como queríamos jogar e abordar o jogo. Não tem nada a ver com a qualidade do Cristiano, isso nem sequer está em causa. Há momentos do jogo em que é preciso pensarmos de uma outra maneira. Acreditámos que, na segunda parte, poderia entrar e resolver o jogo”, disse o selecionador nacional, que mais à frente fez uma análise à exibição da equipa.

“O jogo teve fases equilibradas e fases menos equilibradas, um pouco por responsabilidade nossa também, porque nos faltou alguma paciência na circulação da bola. Jogámos demasiado para o guarda-redes e depois tentámos sempre muito a profundidade, com muita bola longa e a partir de trás, o que dava vantagem à equipa espanhola. Deu-lhes mais a posse de bola. Foi isso que tentei retificar ao intervalo e acho que conseguimos na segunda parte”, acrescentou o treinador.

Por fim, Fernando Santos também comentou as substituições que realizou, entre a entrada de Rúben Neves logo ao intervalo e depois de Ronaldo, Guedes, Horta e Matheus durante a segunda parte. “Acho que abusámos da profundidade, principalmente para chegar à zona mais intermédia. Fizemos lançamentos muito longos e isso não nos deu proveito. Explorámos também em demasia, na minha opinião, as características do Leão, que é um jogador possante mas que, se estiver sempre nesse movimento, acaba por não conseguir produzir aquilo que pode produzir e tem capacidade para produzir. Depois, pareceu-me que tínhamos de ter jogadores com mais corredor para aproveitar os espaços centrais, que é o caso do Horta e do Guedes, até para explorar os flancos. Isso resultou, até porque depois permitiu a entrada dos alas, como foi o caso do Cancelo. A equipa tem várias soluções”, atirou o selecionador nacional.