Poderia ter sido mais um grande encontro de hóquei em patins, transformou-se sobretudo num dérbi que ficou na retina pelas agressões entre jogadores. Por isso, mais do que o jogo 3 de uma meia-final com tudo o que isso poderia trazer a nível de decisões para a eliminatória, o reencontro entre Sporting e Benfica era um desafio à capacidade das equipas em virar a página que ninguém queria ter escrito e abrir um capítulo diferente na sétima partida da temporada entre ambos. Em paralelo, era um desafio à resistência dos dois conjuntos, que por esses mesmos incidentes ficaram privados de algumas opções importantes.

Agressões, stickadas, empurrões e mão pesada: Sporting e Benfica com cinco jogadores castigados após dérbi na Luz

Do lado do Sporting, que sabia que não contaria com o expulso Henrique Magalhães (dois jogos), Paulo Freitas viu os castigos a Ferran Font (três) e João Souto (dois) suspensos. “Vai ser mais uma final, assim como foram os dois jogos que já disputámos. Esperemos que o jogo nos sorria a nós, foi para isso que nos preparámos deixando o cansaço de lado. Queremos ganhar e é em busca disso que vamos. Já vimos e falámos sobre os erros que cometemos no segundo jogo. Acreditamos em nós e sabemos que só devemos estar focados em jogar e não em entrar em confusões. Jogamos com intensidade, é verdade, mas eles também. Só estão a falar de nós mas ambas as equipas são iguais”, comentara Matías Platero.

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No Benfica, Nuno Resende também não ficou privado do guarda-redes titular Pedro Henriques (três jogos) e de Edu Lamas (dois), em resultado da suspensão dos castigos aplicados pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Patinagem. “Vamos ver no início do jogo as nuances que o mesmo pode trazer. De resto, vamos tentar ser iguais a nós próprios, dentro do que temos apresentado e perante as dificuldades do jogo e do que o Sporting possa apresentar. Teremos de ajustar e potenciar ao máximo as nossas qualidades. Jogamos fora de casa, é uma condicionante a ser considerada mas vamos encarar este jogo de forma positiva, controladores quando for possível e marcar golos, e quando controlados apresentar soluções para não sofrer com essa situação”, destacara o técnico dos encarnados na antevisão do jogo.

Contando com a Elite Cup na pré-temporada, Sporting e Benfica levavam três triunfos cada até esta terça-feira com a outra particularidade de quem jogava em casa ter saído sempre com a vitória. E a regra acabou por confirmar-se: naquele que foi o dérbi mais consistente dos leões esta casa na presente época, a equipa verde e branca até começou a perder mas deu a volta, ganhou por 4-2 e ficou a um triunfo da final do Campeonato, onde já se encontra o FC Porto após bater o Óquei de Barcelos nos penáltis (2-2, 2-0, g.p.).

Entre um início equilibrado, foram os encarnados a chegarem à vantagem logo aos seis minutos, com Pablo Álvarez a aproveitar uma distração da defesa leonina numa segunda bola para bater Ângelo Girão. Todavia, e nos minutos seguintes, o Sporting conseguiu reagir da melhor forma à desvantagem, empatou por Ferran Font a concluir uma boa jogada ao segundo poste (12′) e viu Pedro Henriques evitar por várias ocasiões uma reviravolta que chegou apenas a três minutos do intervalo, com Romero a aproveitar um recarga após um livre direto pelo cartão azul a Nicolia para fazer o 2-1 que se registava ao intervalo (22′).

Essa tinha sido a única ação disciplinar ao longo de 25 minutos mas o segundo tempo trouxe uma chuva de azuis (sete no total: dois para Romero, dois para Edu Lamas, um para Verona, um para Nicolia e um para Matías Platero) com os dois guarda-redes e os postes a evitarem sempre a concretização dos livres diretos, sendo necessário esperar até aos 36′ para voltar a haver golos com Verona a fazer o 3-1 com um remate ao ângulo. Os encarnados tiveram depois de partir mais o encontro, João Souto aproveitou mais uma saída rápida para aumentar para 4-1 (45′) e Pablo Álvarez conseguiu apenas reduzir para o 4-2 final (48′).