Fontes próximas do príncipe garantem tratar-se de uma “decisão pessoal” mas segundo o palácio de Buckigham esta foi mesmo “uma decisão familiar”. O The Telegraph adianta mesmo que terá sido determinante a intervenção “de última hora” dos príncipes Carlos e William, que decidiram travar nova aparição pública do duque de York — ausente dos festejos do Jubileu de Platina, depois de testar positivo à Covid-19.

Esperado no tradicional cortejo da Ordem da Jarreteira, nos terrenos de Windsor, o príncipe André vai mesmo falhar a presença na procissão a que se costumam juntar outros membros sénior da família real britânica, vestidos a rigor, com os característicos mantos de veludo e chapéus com plumas, esperando-se no entanto que possa participar do momento a título privado. Terá assim prevalecido a pressão para manter André afastado dos holofotes, naquele que é um dos casos de gestão mais sensível no seio do clã. Ao The Sun, uma fonte garantiu que o duque terá sido mesmo aconselhado a seguir este estatuto de pária “para seu próprio bem”. Recorde-se que o príncipe, que faz parte da Ordem da Jarreteira desde 2006, tem vindo a ser privado dos seus títulos e honrarias na sequência do escândalo sexual em que se viu enredado.

Quanto a Isabel II, e conhecidos que são os problemas de mobilidade da monarca, também este cortejo será excluído da sua agenda oficial. No entanto, e apesar de falhar também o serviço religioso em São Jorge, estima-se que a soberana possa marcar presença no almoço que habitualmente antecede esta etapa.

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O dia reservado à nobilíssima Ordem da Jarreteira começa com a investidura dos novos membros, anunciados na última passagem de ano, na Sala do Trono. Entre os novos elementos que se juntam a este conjunto prestigiado contam-se o antigo primeiro-ministro Tony Blair e Camilla, a duquesa da Cornualha.

Fundada em 1348 por Eduardo III, a Jarreteira é a mais elevada ordem de cavalaria do sistema de honras britânico, dedicada à imagem e às armas de São Jorge, o padroeiro da Inglaterra, e cujas nomeações são do critério exclusivo do soberano — por regra em reconhecimento de uma contribuição nacional ou serviço prestado ao monarca. A jornada corresponde a um dos momentos altos do calendário de verão da família real.