Um tribunal no Malawi condenou esta segunda-feira 12 pessoas pelo assassinato de um homem albino, entre eles um padre católico, que recebeu uma sentença de 30 anos de prisão.

Outras quatro pessoas tiveram a mesma pena de prisão do padre e houve ainda cinco pessoas condenadas a prisão perpétua com trabalhos forçados, entre estas o irmão da vítima.

MacDonald Masambuka tinha 22 anos quando foi morto violentamente em 2018 num cemitério, para onde se deslocou depois de pessoas próximas lhe terem dito que lhe tinham encontrado uma potencial mulher que ele deveria conhecer. O jovem foi dado como desaparecido em fevereiro, mas o corpo só foi descoberto um mês depois, sem pernas nem braços.

A juiza Dorothy NyaKaunda Kamanga disse que “a ofensa foi motivada pelo albinismo” e considerou que “os condenados se aproveitaram da necessidade psicológica de amor do falecido”, cita-a o Daily Mail.

O padre condenado pelo crime, Thomas Muhosha, liderou uma paróquia em Machinga, a cerca de 100 quilómetros de Blantyre, a segunda cidade do país. A Igreja Católica no Malawi suspendeu o padre das suas atividades religiosas assim que houve notícias do seu envolvimento no caso, em 2018, afirma a BBC.

O Malawi é um país muito perigoso para as pessoas com albinismo porque partes do corpo destas pessoas são usadas em poções mágicas e outros rituais, uma vez que algumas pessoas acreditam que dão sorte. Segundo a BBC, desde 2014 já foram assassinadas mais de 170 pessoas com albinismo.

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