As exportações portuguesas de metalurgia e metalomecânica atingiram em maio o recorde mensal absoluto de 2.135 milhões de euros, subindo 25% em termos homólogos e ultrapassando pela primeira vez os 2.000 milhões, anunciou esta quinta-feira a associação setorial.

O Metal Portugal continua a superar todas as previsões e expectativas e, em maio de 2022, atingiu mais um recorde absoluto, desta vez com uma cifra extraordinária de 2.135 milhões de euros. Este é o primeiro mês em que se regista um valor de exportações acima da barreira dos 2.000 milhões de euros, sendo, assim, o melhor registo de todos os tempos por larga distância”, avança a Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP) em comunicado.

Segundo refere, “este impressionante crescimento verificado em maio de 2022 foi especialmente alavancado pelo desempenho dos subsetores da metalurgia de base, dos produtos metálicos e das máquinas e equipamentos, os quais registaram aumentos homólogos de, respetivamente, 54%, 35% e 19%”.

A AIMMAP nota ainda que o valor exportado em maio “representa um acréscimo importante no já acrescido valor acumulado” até maio, que soma um valor absoluto de 9.432 milhões de euros, mais 9,4% do que no mesmo período de 2021.

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Em linha com os quatro meses anteriores, o crescimento manteve-se “especialmente forte” nas vendas para os países da União Europeia, onde se registou um crescimento homólogo de 13,5%, destacando-se os mercados de Alemanha, França e Espanha como “os principais responsáveis”, com subidas homólogas de 21,6%, 7,8% e 8,4%, respetivamente.

A associação aponta também o “crescimento bastante acentuado” nos Países Baixos e na Suécia, com aumentos de 29,3% e 36,2%, pela mesma ordem, “muito devido a sucessivas iniciativas que a AIMMAP tem dinamizado”.

No que se refere às exportações para fora da União Europeia, o resultado acumulado dos primeiros cinco meses de 2022 evidencia ainda “uma ligeira quebra” face ao período homólogo de 2021, mas com um “crescimento acentuado” face ao mês de abril. Como resultado, a quebra acumulada de 8,3% até abril recuou, em maio, para 3,2%.

Fora da Europa, o mercado dos EUA continuou a destacar-se como “aquele em que a trajetória de crescimento foi mais significativa, tendo sido o de maior subida em termos percentuais”.

Assim, as exportações do setor para o mercado norte-americano passaram de 193.465.169 euros nos primeiros cinco meses de 2021, para 341.720.803 euros no mesmo período em 2022, num crescimento homólogo de 76,6%.

“Por outro lado, tal como sucedeu nos meses anteriores, o mercado angolano continuou a dar mostras de um crescimento sólido, com uma subida de 46,7% nos primeiros cinco meses do ano em comparação com o mesmo período no exercício transato”, nota a AIMMAP.

Citado no comunicado, o vice-presidente executivo da AIMMAP destaca que as vendas do setor continuam “a resistir a todas as contrariedades e constrangimentos imprevisíveis, como o aumento dos preços da energia e das matérias-primas, a falta de recursos humanos ou as interrupções nas cadeias de abastecimento”.

“Não podemos deixar de manifestar, também, uma certa inquietação face à contração do mercado nacional, situação que afeta essencialmente as empresas menos exportadoras”, refere Rafael Campos Pereira.