Um software criado por um aluno do Instituto Superior de Engenharia do Politécnico de Coimbra (ISEC/IPC) aproveita os dados gerados em compras para ajudar as empresas a adequar a oferta ao comportamento dos consumidores.

O programa, da autoria de Marco Ferreira, estudante de Engenharia Informática, venceu a 18.ª edição do Concurso Regional Poliempreende, que decorreu na INOPOL Academia de Empreendedorismo do Politécnico de Coimbra, e vai representar o IPC no concurso nacional.

Em nota de imprensa enviada esta sexta-feira à agência Lusa, o Politécnico de Coimbra explicou que o software criado pelo estudante do ISEC permitirá que as empresas de comércio e serviços rentabilizem a sua atividade comercial.

O projeto Data inMensus pretende democratizar o poder das grandes ferramentas digitais, que cruzam dados de comportamento do consumidor com campanhas de promoção personalizadas a grupos de clientes (até agora apenas ao dispor das grandes cadeias empresariais)”.

Estas ferramentas digitais estarão, assim, “acessíveis a empresários de grande e média dimensão que, apesar do seu sucesso, não conhecem o comportamento do seu cliente, nem têm facilidade em tomar ação sobre esse conhecimento de forma automatizada”.

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O IPC dá o exemplo da possibilidade de se realizarem “campanhas ultra segmentadas por cliente, evitando o desperdício de promoções generalistas”.

Segundo a nota, a edição de 2022 do Poliempreende do IPC recebeu 26 ideias de negócio “de áreas científicas muito diversas”, representativas das seis escolas do Politécnico de Coimbra — para além do ISEC, ISCAC (Instituto Superior de Contabilidade e Administração), ESEC (Escola Superior de Educação), ESAC (Escola Superior Agrária), Escola Superior de Tecnologia da Saúde e Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital.

Citada na nota, Sara Proença, diretora da INOPOL e coordenadora regional do Poliempreende, destacou a importância de programas desta natureza “na formação e capacitação dos estudantes, na medida em que incentivam e promovem o desenvolvimento de um mindset empreendedor e potenciam a criação de redes e de novas oportunidades profissionais”.

A participação no concurso regional é, para Sara Proença, “decisiva no processo de transformação das ideias de negócio em projetos de vocação empresarial, uma vez que se trata de um programa com uma forte componente de capacitação, alicerçada numa rede de mentores com vasta experiência”.

O projeto de Marco Ferreira recebeu um prémio no valor de dois mil euros e 12 meses de incubação na Academia de Empreendedorismo “para apoio ao desenvolvimento do projeto e à constituição da empresa”.