A adesão à greve parcial dos trabalhadores da Soflusa, por contratações e aumentos salariais, rondou os 50%, disse à Lusa Carlos Costa, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).

A adesão à greve rondou meio por meio, adesão e não adesão, pelos 50%”, disse o sindicalista, lembrando que a greve está a ser realizada por categorias específicas.

Esta terça-feira foram os mestres, na quarta-feira vão ser os maquinistas, depois marinheiros e os agentes comerciais – chefes de estação, explicou.

Os trabalhadores da Soflusa iniciaram um ciclo de quatro dias de greve, com paralisação durante todo o período de trabalho, enquanto os trabalhadores da Transtejo iniciaram na segunda-feira um ciclo de greves, de três horas por turno de serviço, que durará até à próxima sexta-feira.

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Segundo o sindicalista, na Transtejo “ficou tudo parado nas horas previstas, nas primeiras três horas de turno”, referindo que, na parte da tarde, prevê-se situação semelhante.

De acordo com a empresa, a greve parcial dos trabalhadores da Transtejo, que assegura ligações fluviais entre Lisboa e a margem sul, registou de manhã uma adesão de 12%.

Já em relação à greve dos trabalhadores da Soflusa, iniciada segunda-feira, após as 22h55 foi registada “uma adesão de 10%” do total dos trabalhadores abrangidos pelo aviso prévio, segundo a empresa.

De acordo com Carlos Costa, a empresa está a “aproveitar-se dos períodos de greve para suprimir carreiras, não por causa da gestão da greve, mas porque não tem navios para fazer as carreiras”.

“O que está a acontecer é que as supressões estão a ser associadas à situação de greves dos trabalhadores”, frisou.

De acordo com a Fectrans, os trabalhadores exigem o aumento dos salários e medidas que combatam a degradação do serviço público, devido à falta de trabalhadores e ao envelhecimento da frota.

Atualmente, adianta a estrutura sindical, a Transtejo já tem navios novos (do concurso de navios elétricos), mas por falta de baterias os mesmos estão imobilizados.

Por outro lado, por falta de trabalhadores “há recurso a imensas horas extraordinárias, havendo trabalhadores com horários de 16 horas por dia”.

Desde o início do ano, mais de mil circulações não foram efetuadas.

Notícia atualizada às 16h25