O canoísta português Fernando Pimenta deseja “reforçar” em Halifax o seu pecúlio de medalhas internacionais, tendo quatro provas nos Mundiais melhorar o seu currículo de 115 pódios em competições internacionais.
Gostava de aumentar um bocadinho mais o meu palmarés. Mas é passo a passo. Primeiro tentar recuperar o melhor possível da viagem e ‘jet lag’, depois lutar pelas finais e aí tentar dar um bom espetáculo desportivo e boas sensações para sair daqui com bons resultados”, disse, em declarações à Lusa.
Medalha de bronze em Tóquio2020 em K1 1.000, o limiano defende no Canadá o ouro mundial nesta disciplina, conquistada em 2021 em Copenhaga, onde também foi prata no evento que decorreu pouco após os Jogos Olímpicos.
Já começámos muito bem a época com medalhas nas Taças do Mundo, que abriram boas perspetivas sobre o trabalho que temos vindo a fazer. No mundial será prova a prova”, sustentou o atleta que vai fazer K1 500, 1.000 e 5.000, bem com o K2 500 misto com Teresa Portela.
Na Taça do Mundo de Poznan, Polónia, o canoísta de 32 anos foi ouro precisamente nas quatro provas que vai cumprir em Halifax, enquanto em Racice, República Checa, venceu o K1 1.000 e K2 1.000, com João Duarte, sendo prata em K1 5.000.
No fim de Tóquio2020, o mais bem-sucedido canoísta português da história revelou o desejo de um dia terminar a carreira com os três “metais” olímpicos, faltando-lhe agora o ouro depois da prata em Londres2012, em K2 1.000 com Emanuel Silva.
Pimenta está já “focado” em Paris2024, mas nem por isso vê a competição gaulesa como a última oportunidade de o conseguir, um fim de linha, pois Los Angeles2028 é “só” quatro anos mais tarde.
É passo a passo. Primeiro focar-me neste ciclo e depois ver como estou em termos psicológicos e físicos, como me vou aguentando. É bastante importante em termos emocionais estar motivado e continuar a gostar do que faço”, vincou.
Teresa Portela, a melhor canoísta feminina portuguesa, está focada sobretudo no olímpico K1 500, mas espera apurar-se também para as finais do K1 200 e do K2 500 misto com o amigo Fernando Pimenta.
É giro poder competir com ele. Se conseguirmos uma medalha, será sempre bem-vinda, mas não é o objetivo deste campeonato do Mundo. Poder partilhar [uma medalha] com o Pimenta seria também uma recompensa por todo o meu percurso destes anos”, assumiu.
Essa prova, que servirá para “desanuviar da pressão”, não tira o foco de Teresa Portela que deseja, sobretudo, “manter a consistência de disputar as finais mundiais, o que acontece desde 2010”.