O general Almeida Bruno, um dos mais condecorados oficiais da Guerra Colonial, morreu, esta quarta-feira, aos 87 anos. O militar de Abril estava internado no Hospital das Forças Armadas, em Lisboa.

Numa mensagem publicada na página da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa deixou palavras de apreço ao militar que participou no Golpe das Caldas, em que se tentou derrubar o Estado Novo, cerca de um mês antes do 25 de abril de 1974.  Nessa altura, chegou a ser alvo de uma tentativa de assassinato por parte da PIDE.

“O Presidente da República evoca, com respeito, admiração e amizade, o General João de Almeida Bruno, apresentando as suas condolências à Família e ao Exército Português, que serviu com independência, sentido de missão e devoção integral”, pode ler-se na página da Presidência da República.

O general João de Almeida Bruno nasceu em 30 de julho de 1935, na freguesia de Santa Isabel, concelho de Lisboa. Entrou no exército, que serviu durante mais de quatro décadas, em 1952. No ano seguinte, fez parte de um curso de oficiais que incluía nomes como Ramalho Eanes, Loureiro dos Santos e Ernesto Melo Antunes. Durante a Guerra Colonial, cumpriu missões em Angola e na Guiné. Almeida Bruno foi ainda membro da delegação portuguesa às negociações com o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC,), em Londres, em 1974, e do Conselho de Estado. Após o 25 de Abril, foi diretor da Academia Militar. O seu percurso terminou no Supremo Tribunal Militar, a que presidiu entre 1994 e 1998. Depois, passou à reforma.

Em comunicado, a Ministra da Defesa, Helena Carreiras, enviou as “condolências” à família do militar. “Ao longo da sua carreira foi distinguido com a Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, com as medalhas de Valor Militar e da Cruz de Guerra, e com a Ordem Militar de Avis, entre outras condecorações”, recordou.

De acordo com o Exército, que também expressou “profundo pesar” pela morte do general, o velório vai realizar-se esta quinta-feira, 11 de agosto, a partir das 15h00, na Capela da Academia Militar, em Lisboa, e a missa de Corpo Presente será celebrada na sexta-feira, 12 de agosto, às 14h00, seguindo-se o funeral para o Cemitério do Alto de São João, em Lisboa, a partir das 15h00.

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