O Presidente da República, que já se assumiu como um “eterno apaixonado por livros”, marcou esta sexta-feira, mais uma vez presença, na inauguração da Feira do Livro do Porto onde destacou a “importância da leitura” na formação das pessoas.

No dia em que viaja para Angola para participar no funeral do antigo presidente José Eduardo dos Santos, previsto para domingo, Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou o certame para comprar livros para as “oito horas de viagem até Luanda”.

São oito horas de viagem, dá bem para ler”, comentou, enquanto percorria os stands acompanhado do presidente da Câmara Municipal do Porto, o independente Rui Moreira.

Apesar de ainda estar em território português, Marcelo Rebelo de Sousa, já a pensar em Angola, gastou mais de 97 euros na compra de livros sobre aquele país.

“Muito obrigada pelo apoio, senhor Presidente”, atirou o livreiro que, até à última compra, o tentou convencer a levar “mais um livro”.

Enquanto ia percorrendo o certame, nos jardins do Palácio de Cristal, o chefe de Estado confidenciou, entre as muitas solicitações de selfies, que a sua paixão pela leitura é “eterna”.

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Dizendo-se um “apaixonado e colecionador de livros”, Marcelo Rebelo de Sousa revelou já ter enviado para a biblioteca de Celorico de Bastos, sua terra natal, mais de 200 mil volumes ao longo da sua vida.

“O objetivo é que outros beneficiem e não eu daquilo que é fundamental para a formação de todos nós”, frisou.

Considerando que ou se gosta de livros ou não se gosta, o Presidente da República classificou como “preocupante” o facto de a maioria esmagadora dos portugueses não terem lido um livro, nomeadamente durante a pandemia da Covid-19.

E, num claro incentivo à leitura, Marcelo Rebelo de Sousa recordou que há várias maneiras de ler um livro, quer em formato papel, quer online.

Também “apaixonado por livros”, o presidente da Câmara do Porto assumiu estar “muito satisfeito” por ver tanta gente a comprar livros, sobretudo gente nova, e muitas crianças envolvidas em atividades.

Esta não é apenas uma feira de livros, tem uma vertente muito cultural. Nós chamamos-lhe de Feira do Livro, que é o nome mais tradicional, mas há um conjunto enorme de atividades que versam desde a música a tudo aquilo que tem a ver com artes plásticas”, sublinhou.

A 9.ª edição da Feira do Livro do Porto, que abriu hoje portas, prolonga-se por 17 dias — até 11 de setembro —, oferece mais de 100 atividades, conversas, lições, oficinas, concertos, filmes e atividades para bebés, crianças e jovens.

Este ano o mote é a poesia, tendo na programação prevista homenagens aos escritores Ana Luísa Amaral e Manuel Gusmão, bem como uma atenção especial à literatura brasileira, para recordar os 200 anos da independência do país.