O secretário regional da Saúde dos Açores disse esta quinta-feira que mantém confiança na administração do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), que foi condenado a pagar mais de 30 mil euros de créditos laborais ao ex-diretor informático.

“Não há qualquer razão para não manter. Leiam a sentença e percebe-se que não há qualquer fundamento para deixar de ter confiança numa situação individual. Estamos numa região em que à falta de melhor tentam pegar em casos e casinhos, em casos individuais, sem perceber a generalidade de um setor com a complexidade e a exigência da saúde”, afirmou o titular da pasta da Saúde nos Açores, Clélio Meneses.

O governante falava aos jornalistas à margem de uma reunião com o conselho de administração e com os diretores dos serviços de urgência do Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira (HSEIT), em Angra do Heroísmo.

O Tribunal do Trabalho de Ponta Delgada condenou, na quarta-feira, o Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, a pagar mais de 30 mil euros de créditos laborais ao ex-diretor informático, Ricardo Cabral, com contrato entretanto rescindido pela unidade de saúde.

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Na sentença, a que a agência Lusa teve acesso, o tribunal condenou o Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada a pagar ao queixoso 32.516,29 euros.

Em causa está uma ação do ex-funcionário contra o hospital, levantada depois de um ataque informático de que a unidade de saúde foi alvo e que resultou num diferendo entre o ex-diretor informático e a administração hospitalar, que culminou na saída de Ricardo Cabral.

Cuidados assistenciais no Corvo melhoraram

O secretário regional da Saúde dos Açores rejeitou que a Unidade de Saúde do Corvo esteja “ao abandono”, como acusou o PS, garantindo que os cuidados assistenciais na ilha melhoraram nos últimos dois meses.

“O número de atendimentos é superior. Antes, o centro de saúde estava encerrado aos feriados, sábados e domingos, agora está aberto. Há mais médicos, há duas enfermeiras em permanência. Quem diz o contrário, é apenas, mais uma vez, para lançar a confusão, lançar o caos e manifestar a consciência pesada pelo estado em que deixou a saúde da região”, apontou o titular da pasta da Saúde nos Açores, Clélio Meneses.