Um jogo histórico, capítulo 1: nunca o Sporting tinha ganho na Alemanha, sendo que em 14 jogos até ao triunfo frente ao Eintracht em Frankfurt levava um empate e 13 derrotas (e só por uma vez, num desaire frente ao Schalke 04 com um penálti fantasma nos descontos que deu a vitória aos germânicos, marcara três golos). Um jogo histórico, capítulo 2: nunca o Sporting tinha conseguido marcar três golos em menos de 20 minutos na Liga dos Campeões jogando como visitante. No entanto, e no final de uma partida que até podia ter acabado com outros números, Rúben Amorim preferiu focar-se na “sua” história.

A doutrina de Amorim espalhada pela maneira de ser de São Marcus (a crónica do Eintracht-Sporting)

Desde 2010 que o Sporting não conseguia uma vitória tão convincente fora sem sofrer golos, sendo preciso recuar mais de dez anos para encontrar um triunfo europeu por 3-0 fora e na Liga Europa (Brondby). E, com isso, os leões tiveram a quarta participação a começar com os três pontos, depois do 3-0 ao Mónaco na primeira participação em 1997/98 (o tal jogo realizado num areal por ter havido uns dias antes concerto no antigo Estádio José Alvalade), do 1-0 ao Inter em 2006/07 com um grande golo de Caneira e do 3-2 ao Olympiacos em 2017/18. Para o técnico leonino, não passou apenas de “uma vitória”.

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“Foi uma primeira parte em que começámos a jogar da mesma forma, mas que começou com um mau passe de Ugarte. O Adán salvou-nos, evitámos o golo do Eintracht. Depois, fizemos aquilo que treinámos. Havia espaço do lado contrário, os nossos médios começaram a ter espaço. A segunda parte foi diferente e criámos mais perigo. O jogo partiu-se um bocadinho. Não queríamos mas aproveitámos isso. Controlámos bem depois dos golos. Fizemos três golos, numa vitória que se ajusta”, começou por comentar Rúben Amorim na zona de entrevistas rápidas, antes de especificar as exibições de Ugarte e Morita.

“Passou muito pelos dois médios. Tínhamos esse espaço e perdíamos muitas bolas no meio. Disse que tinham de fazer o mesmo, mas com a qualidade que possuem. Foi dar moral. Ao primeiro golo ganhámos confiança. Já tivemos jogos de Campeonato que foi ao contrário. Ganhámos confiança. Foi uma primeira parte mais pressionante do Eintracht”, explicou sobre as melhorias, antes de deixar um aviso para dentro.

“É importante para o momento. Ganharam um jogo da Liga dos Campeões mas são oitavos da Liga. Não são tão maus para estarem em oitavo. Vão dizer que são os maiores e eu não quero que eles andem de um lado para o outro”, alertou Rúben Amorim a propósito dos elogios pelo feito histórico em Frankfurt.

“Com o City o Ugarte disse que era 50/50, temos sempre de desconfiar do que ele diz… Foi um jogo em que tudo nos correu bem. Jogámos o nosso futebol, corremos riscos, especialmente na primeira parte. Aguentámos e tivemos o Adán, que esteve o Adán… Vínhamos falando que não estava tão bem como no ano passado. Mas o futebol é assim, um dia muda as coisas. É preciso é acreditar sempre. Na segunda parte controlámos melhor o jogo, tivemos boas saídas, mais espaço e a vitória é justíssima. Fomos muito mais adultos no que no primeiro jogo da época passada. Sentiu-se aqui e ali alguma inexperiência mas acabámos por fazer golos e não sofremos. E tivemos jogadores que cortaram no momento certo quando a bola ia para golo. Isso fez a diferença”, acrescentou depois o técnico leonino em declarações à Eleven Sports.