O livro do neto de Isabel II “As memórias do príncipe Harry” não será publicado este ano, revelou uma fonte próxima dos Duques de Sussex, procurando assim acabar com as especulações de que a obra seria impressa em novembro por pressão do mesmo.

O livro, segundo a imprensa britânica, é uma ‘bomba para família real britânica’, que o irmão William e o pai, agora rei, Carlos III, pretendem desarmar, e o lançamento estava planeado para o final deste ano, possivelmente no feriado do Dia de Ação de Graças, para aumentar as vendas no período natalício. No entanto, a morte da Rainha e avó do autor veio cancelar estes planos visto que a publicação do livro neste período sensível para o povo britânico seria considerada “uma falta de respeito“, indica o Daily Mail.

Um mundo “que chora”, a “vaga de emoção” e até um simples “obrigado”. As capas dos jornais sobre a morte de Isabel II

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Uma fonte próxima dos Duques de Sussex terá igualmente adiantado ao The Telegraph que o livro não será publicado em breve por se tratar de um período de luto para Harry e Meghan, que provavelmente durará mais do que os dias oficiais agora decretados. Além disso, atrasar a estreia da sua obra iria permitir ao príncipe atualizar a sua história, com capítulos adicionais sobre a morte da avó.

O lançamento do livro tem sido um dos temas do momento em Inglaterra. Na noite de terça-feira, em entrevista à GB News, Tow Bower, o escritor que lançou a biografia de Meghan Markle no início deste ano, revelou ter ouvido rumores de que o neto da Rainha insiste que o livro seja lançado em novembro.  “Disseram-me esta noite que Harry estava a insistir para que o livro seja publicado em novembro. É impressionante, mas por outro lado faz sentido, já que as finanças de Harry e Meghan dependem inteiramente deste livro e da Netflix”, disse o escritor na entrevista citada pelo Daily Mail, citando:  “Também estou convencido que eles querem-se vingar”.

O escritor adianta que a obra seria impressa pela empresa Clays em Bugay, Suffolk, em condições de sigilo. “Ouvi dizer que está a ser impresso aqui e que levará semanas para ser distribuído”.

No entanto,  fonte próxima de Harry e Meghan negou as informações partilhadas por Tom Bower, embora não tenha avançado com possíveis datas de lançamento do livro, indica o jornal britânico.

No início desta semana, especialistas na monarquia britânica revelaram ao MailOnline que seria “maldoso” publicar o livro neste período em que a constituição foi abalada.

O especialista Phil Dampier considera que, apesar da caminhada de Harry e William em Windsor, a briga entre os Duques de Sussex e o resto da família real “está mais viva que nunca”. Para Dampier, a publicação do livro de memórias irá arruinar qualquer hipótese de reconciliação familiar.

Príncipe William, Príncipe de Gales, Kate, Princesa de Gales, Príncipe Harry, Duque de Sussex e Meghan, Duquesa de Sussex prestam homenagens a Isabel II, dentro do Palácio de Westminster

Já o comentador Richard Fitzwilliams considera que o livro não devia ter sido escrito. Mas, tendo acontecido, ser publicado, mesmo com o capítulo adicional como referência à morte de Isabel II, é totalmente desaconselhado. “Não é uma questão de reescrever, é uma questão de repensar. Se fosse publicado, e tivesse algo de sensacionalista, seria de mau tom. É uma questão de como Harry quer ser interpretado, com um novo reinado é natural que a sua lealdade seja para com o seu pai“, adiantou citado pelo Daily Mail.

A editora que tem contrato com o príncipe Harry, Penguin Random House, anunciou no site que os lucros da obra serão doados a instituições de caridade.  “O principe Harry irá compartilhar, pela primeira vez, um relato das suas experiências, aventuras, perdas e lições de vida que o ajudaram a tornar-se na pessoa que é”, assegura a editora na promoção da obra, considerando que este “é um livro de memórias sincero de uma das figuras globais mais influentes” da atualidade.